Maturidade Maçônica
É comum entre nós se perguntar quando o maçom adquire a sua maturidade maçônica. Parece que para adquirir a maturidade maçônica é necessário lutar diuturnamente para criar a força interior capaz de nos levar a ter uma vida equilibrada para aumentar a capacidade de enfrentar as situações que a vida se apresenta.
Todos sabem que a Maçonaria tem três graus iniciais, chamados de simbólicos, e que galgamos esses graus gradativamente com a finalidade de atingir a maturidade maçônica, que conforme nos é ensinado, que o atingimos no último grau simbólico, porque a maturidade é a condição de plenitude que conseguimos através de estudos, reflexão, conhecimento, sabedoria, arte ou qualquer habilidade adquirida.
Creio que a plenitude que se atinge com o último grau é a maneira que se diploma o maçom por ter atingido tal grau. E, simbolicamente, ele está pleno, mas muito longe de chegar à verdadeira plenitude. Ele integralizou os graus e estará apto para dar continuidade aos estudos para seguir em frente e partir para subir mais a escada da perfeição.
Descobri uma frase que diz: “Maturidade significa confiabilidade: manter a própria palavra, superar a crise; os imaturos são os mestres da desculpa, são os confusos e desorganizados; suas vidas são uma mistura de promessas quebradas, amigos perdidos, negócios sem terminar e boas intenções que nunca se convertem em realidade”.
Transportando para o campo maçônico podemos dizer que o maçom atinge a maturidade porque ele confia nos ensinamentos ministrados e sabe superar as suas crises. Tenta sempre evitar as desculpas e trabalhar para ter um resultado satisfatório, além de serem organizados e corretos na condução da vida, com êxitos diários e sempre conquistando novos amigos e parceiros, terminando em boas intenções e conquistas.
Dadi R. Mohini diz que “Quando avançamos com base na honestidade, entendimento e sabedoria, nos tornamos maduros. Entendimento vem quando nosso intelecto é limpo; quando olhamos e absorvemos as virtudes dos outros”. Em contrapartida, nós oferecemos aos outros as nossas virtudes, evitando o máximo possível de transferir desarmonia, mau humor e tudo aquilo que possa estragar o dia do nosso próximo.
Na realidade, a maturidade maçônica, só atingiremos quando partirmos para o “Oriente Eterno”. Isto porque, enquanto na batalha da vida sempre aparecerão objetivos, sonhos e ideais para serem adquiridos e fatalidades para serem combatidas.
Na vida material o homem é um eterno insatisfeito. Está sempre querendo mais. Na vida espiritual, da mesma maneira, o homem deve ser um eterno insatisfeito, sempre querendo se aperfeiçoar.
E, aproveito, para expressar um pensamento de um amigo que dizia que “Maturidade acontece quando percebemos que não ganhamos a sabedoria de presente. Temos que descobri-la por nós mesmos, depois de uma jornada que ninguém pode empreender por nós ou da qual ninguém pode nos poupar. No momento em que descobrimos que a vida não é uma questão de encontrar a si mesmo, verificamos – já maduros – que a vida é uma questão de criar a si mesmo”.
Assim, quando o Maçom chega ao final do seu último grau atingiu a integralidade do projeto que foi programado, para começar a valorizar as pequenas coisas e de tudo que pode ser benéfico à própria pessoa e a do próximo, passando por todas as contrariedades que possam aparecer, porque, como disse Charles Colton “a adversidade é um trampolim para a maturidade”.
Para terminar recorro a Lyz Luft que diz que “A maturidade me permite olhar com menos ilusões, aceitar com menos sofrimento, entender com mais tranquilidade, querer com mais doçura”.
Juarez de Oliveira Castro
Mestre Maçom (Instalado) da Loja "Alferes Tiradentes" Nº 20
Sob a obediência da M∴R∴G∴L∴S∴C∴
Florianópolis-Santa Catarina