A consciência humana

Einstein costumava dizer: “Eu penso 99 vezes e nada descubro; deixo de pensar e eis que a verdade me é revelada por intuição”

O Livro da Lei tem o seguinte: “Procure e achará. Peça e ser-lhe-á dado. Bata, e a porta ser-lhe-á aberta”

 

O grande poeta alemão Goethe escreveu o seguinte, a propósito de suas obras poéticas: “Pensei sobre elas durante um tempo terrivelmente longo, passaram-se muitos anos até que pudesse fazer algo que me satisfizesse”.

 

Falar sobre a consciência humana foi-me necessário folhear alguns livros, absorvendo alguns conceitos sobre a mesma e chegando a relacioná-la com pensamento, mente, verdade, vontade. Quando se toma consciência de alguma coisa é porque se pensou, meditou, viu o caminho da verdade.

 

Os exemplos citados levam-nos a dizer que as idéias geniais, as descobertas científicas, as invenções técnicas e tantas criações artísticas surgem apenas em pessoas que pensam, meditam constantemente nelas e trabalham ativamente até encontrarem aquilo que desejaram.

 

Há dentro do homem toda uma atividade psíquica, que o faz pensar, nortear, ter os seus sentimentos, estando nesta atividade a consciência.

 

O que é consciência seria o primeiro passo nesta apresentação. Uma das definições encontradas diz: “Faculdade de a razão julgar os próprios atos”. Ou, “Percepção do que se passa em nós”.

 

Parece que quando pensamos em consciência, vem em nós aquela idéia de retidão, justiça, aquela “vozinha” interior que nos aprova ou reprova os nossos atos.

 

O Livro da Lei nos retrata bem o que acabamos de dizer. No primeiro livro da Bíblia, o Gênesis, narra a obra de Deus, quando criou a natureza e já no final da criação Ele exclamou: “Façamos o homem à nossa imagem e semelhança”. E Ele o fez tão perfeito que “contemplou toda sua obra, e viu que tudo era muito bom”. (Gênesis, 1,31).

 

Deveria ser perfeito, moral e espiritualmente. Mas, como ele comeu “o fruto da árvore da ciência do bem e do mal”, Deus o expulsou do paraíso. O homem passou a perceber o bem e o mal, começou a degradação moral do homem.

 

A Maçonaria é uma ciência perfeita que mostra o caminho da verdade. Conduz o homem ao seu objetivo final.

 

Como um iniciado, entra despojado de tudo, tendo à sua frente todo um caminho.

 

Neste momento, desenvolveu-se todo um processo de procura da consciência, da verdade perdida.

 

É-lhe dado os instrumentos necessários para começar um desbaste constante do homem bruto. Resta-lhe tão somente tomar esses instrumentos e trabalhar intensamente para chegar no topo da “escada de Jacó”.

 

Sua consciência foi retomada restando-lhe aumentar a sua capacidade de cada vez mais caminhar na trilha certa, através do estudo e pela compreensão do verdadeiro sentido da vida.

 

Como disse Nicola Aslan: “...a descobrir a iluminação interior, mais ainda, como conseqüência natural, em transformá-lo em cidadão consciente, disciplinado e cumpridor de seus deveres, pedra polida para ser utilizada na construção do Templo ideal da Humanidade”.

 

O homem torna a ser um Templo, cuja construção é feita pedra a pedra, através de uma verdadeira Maçonaria onde, como disse André Cassard: “não tem o primeiro, nem o último; nem forte, nem fraco; nem rico, nem pobre; superior, nem inferior; grande, nem pequeno: todos somos irmãos, todos iguais, e só é grande aquele que se distingue dos demais, por suas virtudes”.

 

Assim, consciente e convicto com os princípios da Maçonaria “não temos mais que uma Lei: obedecer as leis de Deus e do governo em que vivemos; só um objetivo: fazer o bem;  só uma dignidade: a virtude; só uma bandeira: a Humanidade” se entregando com consciência de um coração simples ao descobrimento da verdade.

 

Juarez de Oliveira Castro

 

Mestre Maçom Instalado

Florianópolis - Santa Catarina