A felicidade mora no hoje... Desde que você esteja bem pra desfrutá-la!

Cara, quem aí se lembra da cena de Meg Ryan no filme Cidade dos Anjos? Pra mim é o take mais emblemático sobre plenitude da história do cinema. E quem nunca quis vivenciar um momento tão sublime como aquela em nossas vidas?

Você já percebeu o quanto projetamos nossas vidas no futuro? Parece que sempre estamos correndo atrás de um prejuízo ilusório e que só estaremos satisfeitos ao encontrarmos nosso real propósito lá na frente.

Fomos condicionados a realizar grandes feitos e ter grandes conquistas para sermos vistos e aceitos pela sociedade, mas será que o Propósito, palavrinha que está na moda no momento, deve ser encarado desta maneira? Como algo inatingível e que está sempre longe?

Vejo com frequência amigos reduzirem o ritmo no trabalho depois de uma extenuante jornada de anos (e até décadas) buscando o tal propósito, algo que estaria em metas como o sucesso profissional ou chegar a montantes estratosféricos de dinheiro arrecadado, e ao chegarem lá, perceberam que não era exatamente aquilo que buscavam.

Muitos gastaram todo o seu tempo em troca da realização de sonhos tangíveis e deixaram de lado o tempo para os amigos, para a família e principalmente para si. Mas só se tocaram depois de terem a oportunidade de experimentar aquilo que buscavam. O carro novo, foi novidade e massageou o ego de alguns deles por alguns meses, a casa nova deu um conforto enorme, mas pouco tempo depois o vazio estava lá, presente novamente. E então muitos criaram novos sonhos para alimentar a própria roda da vida, projetando a felicidade sempre na busca por conquistas sem se preocuparem com o gostinho de cada dia vivido.

Mas será que todos estão em condições mínimas de vivenciar as pequenas felicidades que a vida nos oferece?

No livro  Por que Fazemos o q ue Fazemos?  o professor Mário Sergio Cortella nos traz uma reflexão sobre os reais motivadores de nossa vida, principalmente quais nossas reais intenções com uma vida laboral plena e a forma com que encaramos nossa relação com o trabalho, a vida pessoal e nossas próprias realizações e a maior lição que ele nos deixa é a seguinte frase:

“Chegar ao topo e ser reconhecido é agradável, mas a questão é o que se teve de deixar de lado para chegar lá, incluindo a diversidade de vida e, mais, o essencial à vida. Se a pessoa abandona o essencial, ela perde a identidade.”

Dinheiro não traz felicidade, mas a falta dele não te deixa viver com plenitude

É bem mais fácil erguer a bandeira da felicidade para alguém que já tenha conquistado algumas posses que lhe garanta conforto e segurança. Hoje é muito difícil ter o discurso de felicidade para 13 milhões de pessoas que estão sem seu emprego e sustento. O desespero de não ter o básico tira QUALQUER possibilidade de uma pessoa ser feliz, tornando esse momento de plenitude como algo tão distante e etéreo que acaba destruindo ainda mais a vontade e a motivação de quem está passando por um momento tão difícil como o desemprego.

É por isso que não quero vir aqui com esse discurso vazio e careta de que a felicidade é hoje se vemos tanta gente desamparada e com tantas preocupações urgentes. É evidente que ver um sorriso de um filho, uma superação no primeiro passinho dado ou a emoção de ter seus pais com saúde, já devem ser motivos para agradecer, mas isso talvez não seja suficiente para ter a sua própria plenitude.

Então, se você vê tanta gente publicando sucessos e fotos de momentos felizes nas redes sociais, não se desmotive, tampouco se diminua ao querer comparar a realidade dela com a sua. Corra atrás do seu conforto e sua segurança e depois desfrute com plenitude cada pequena conquista!

Se você não está feliz no seu emprego atual, busque um melhor, mas observe o quão confortável está sua vida!

Segundo levantamento do I nstituto Locomotiva de 2017, 56% dos trabalhadores com carteira assinada no Brasil se dizem insatisfeitos com seus empregos, dois os principais motivos para esta triste estatística são: (1) Salário e (2) Chefes ruins. Se focarmos no primeiro e grande ponto desta pesquisa, me pergunto e trago esta reflexão aqui: será que o salário é o seu maior motivo para ser feliz ou você enxerga o dindin como um alicerce para ter o mínimo conforto para aí sim desfrutar de sua merecida felicidade? Mais uma pergunta: Você sabe qual é o patamar satisfatório de salário para ter o mínimo de conforto para te fazer feliz?

Enquanto muita gente quer o mínimo de conforto, quero chamar a atenção para aqueles que só vivem para o trabalho com o foco no enriquecimento: Você vai conseguir usufruir com saúde tudo o que conquistou sacrificando justamente sua sanidade?

Pensa nisso e busque viver sua vida com plenitude HOJE, dentro do que for possível. O amanhã será melhor ainda e menos penoso caso você tenha vivido intensamente o hoje!

Você PODE TUDO! Você tem TALENTO suficiente para dar a volta por cima! Busque sua motivação em você mesmo e siga o @SeuCaminho!

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