A MAÇONARIA PRECISA DE MESTRES


Não há como ignorar a realidade do momento. Sendo assim, devemos procurar levar luz aos Irmãos que, como eu, encontram-se apreensivos.

Todos nós aspiramos, ao sermos iniciados, a chegar ao Grau de Mestre, por termos a falsa impressão de que se trata de uma condição maior. Pode até ser, e será, se realmente compreendermos a missão do Mestre.

Acreditamos que a maestria é a condição de ensinar, de ter domínio do saber, e isso nos coloca em um degrau acima. A cada conhecimento adquirido, a cada grau conquistado, estamos mais elevados. Na prática, pode resultar em distanciamento do que se foi ao que se tornou e daqueles que de nós necessitam.

Talvez a maioria não se dê conta, mas o Mestre só tem duas missões:

ESPALHAR LUZ E REUNIR O QUE ESTÁ DISPERSO.

E quão dispersos estamos ficando! É hora de todos nós darmos um basta nas mútuas provocações, nas publicações debochadas e nas inflamadas posições de Irmãos sentados no conforto do lar aspirando a que outros vão aos campos de batalha. E o mais incrível: temos inúmeros casos de conflitos domésticos, e os Irmãos “progressistas” e “conservadores”, com discursos de ódio, esquecem-se de que, mesmo dentro da própria casa, não conseguiram que o sangue do seu sangue os acompanha-se na linha ideológica.

Será que eles estão dispostos ao Sacrifício de Abraão?

O MESTRE DEVE ENSINAR O QUE SABE E APRENDER O QUE IGNORA, CONCORRENDO PARA TODA A PARTE, A FIM DE QUE REINEM A HARMONIA E A FRATERNIDADE ENTRE OS SERES HUMANOS.

Se a realidade não está como desejamos, assumamos nossa responsabilidade. Perguntamos muito o que a Maçonaria está fazendo, e eu gostaria de saber o que o Maçom tem feito. Lembro que, em junho de 2014, a Grande Loja Maçônica de Minas Gerais lançou, a nível nacional, o projeto “Corrupção nunca mais! Por um país mais honesto!”.

Nós não conseguimos o número de assinaturas necessárias para que o projeto de lei de iniciativa popular fosse apreciado. Com quantas assinaturas o Irmão colaborou?

É apenas um exemplo das inúmeras ações sociais, políticas, cívicas e filantrópicas que são promovidas pela Maçonaria e que não encontram apoio dos Maçons.

Precisamos de uma nova postura, aprender a carregar pedras e lembrar que o melhor ensinamento se faz pelo exemplo. A trolha – instrumento do Mestre – é usada simbolicamente para atenuar as imperfeições dos que ainda estão em aprendizado. É ter o sentimento de indulgência que anima o Irmão esclarecido para com as fraquezas humanas.

Não chegaremos a lugar algum como Maçons, como Irmãos, como pais, como cidadãos, se não compreendermos que:
A SABEDORIA NÃO ESTÁ EM CASTIGAR OS ERROS, MAS EM PROCURAR-LHES AS CAUSAS E AFASTÁ-LAS.

Neste ­17º ano de compartilhamento de instruções maçônicas e provocações para o enlevo moral e ético dos Irmãos, permanecemos no nosso propósito maior de disponibilizar uma curta reflexão a ser discutida em Loja. O Ritual não pode ser delapidado. A Ritualística deve ser seguida integralmente. O Quarto-de-hora-de-estudo é fundamental em uma sessão Justa e Perfeita.

Sinto muito, me perdoe, sou grato, te amo. Vamos em Frente!

Fraternalmente
Sérgio Quirino
Contato: 0 xx 31 99959-5651 / quirino@roosevelt.org.br
Facebook: (exclusivamente assuntos maçônicos) Sergio Quirino Guimaraes Guimaraes
Os artigos publicados refletem a opinião do autor exclusivamente como um Irmão Maçom.
Os conteúdos expostos não reproduzem necessariamente a ideia ou posição de nenhum grupo, cargo ou entidade maçônica.