A responsabilidade de ser maçom


Para um verdadeiro maçom, a responsabilidade realmente é muito grande.
Não basta, para ser maçom, passar pela sindicância, ser aceito na Loja, iniciado, elevado ou exaltado, nem ter acessado o último grau, fazem de um irmão um maçom. É necessário muito mais. É a sua conduta, o seu caráter, o procedimento dentro e fora da Loja. É a exteriorização das luzes que emanam do seu templo interior.

Façamos uma auto-indagação: Perguntemos a nós mesmos, se conseguimos morrer para o vício, os erros e os preconceitos vulgares, e se nascemos de novo, para a virtude, a honra e sabedoria.

O que estamos fazendo para aprimorar o ambiente em que vivemos?

Ser maçom é cumprir o sagrado compromisso assumido por ocasião de nossa iniciação, pois não devemos ser levianos e fazer um juramento apenas por fazer. Temos que cumpri-lo, custe o que custar.

Temos que ter dedicação a nossa família, amigos, e, sobretudo não esquecer nossa Loja, pois é nela que recarregamos nossas energias e adquirimos conhecimentos.

Devemos nos aprimorar na construção do nosso templo interior, pois embora a Pedra Bruta tenha sido esquadrejada e se tornado Cúbica, o polimento tem que ser constante.

O maçom deve estar sempre alerta e vigilante, atento para não ser surpreendido pelo envolvimento de suas próprias imperfeições, porque como ser humano, não está livre nem isento de erros, orgulho e vaidade.

Devemos agradecer ao Grande Arquiteto do Universo por todas as oportunidades que nos tem dado, e não esquecendo, jamais, de tratar com respeito aqueles que estão próximo de nós acompanhando nossa jornada de evolução; auxiliando os necessitados, dentro do nosso bom senso mas, sobretudo, sutilmente, transmitir os conhecimentos adquiridos nas instruções em Loja, ao nosso redor, pois aquele que “detém o conhecimento não deverá guardá-lo para si, mas sim transmiti-lo àqueles considerados merecedores”.

Temos ainda que, como formadores de opinião e estarmos sempre sendo observados, dar bons exemplos, sermos humildes, bons cidadãos, respeitando e protegendo o meio ambiente, bons esposos e pais, acatarmos as ordens de nossos superiores, e, sobretudo de nosso Venerável Mestre, pois embora, às vezes, possamos discordar do modo como a Loja esteja sendo conduzida, com certeza, ele está fazendo o melhor; devendo pois, ajudarmos na medida do possível.

Interessante as palavras de nosso Irmão Jaime Balbini, grau 33, as quais transcrevo na íntegra:
Aqueles que decidem serem Maçons apenas para chegar a conhecer o segredo, podem se desiludir, pois podem viver cinqüenta anos como Mestres-Maçons sem jamais conseguirem penetrar o segredo dessa confraria...
O segredo da Maçonaria é inviolável por sua própria natureza, pois o Maçom que o conhece, conhece-o somente por tê-lo adivinhado. Não o aprendeu de ninguém.
Descobriu-o por ter ido à Loja, observado, raciocinado e deduzido. Quando chega a ele, evita participar a sua descoberta a quem quer que seja mesmo a seu melhor amigo Maçom, pois, se o último não teve o talento de penetrá-lo, tampouco terá o de aproveitá-lo depois de conhecê-lo oralmente. Esse segredo será, portanto, sempre um segredo.
Tudo o que se faz na Loja deve ser secreto, mas aqueles que, por uma indiscrição desonesta, não tiverem escrúpulos de revelar o que nela foi feito, não revelaram o essencial. Como eles poderiam revelar, se nada sabem?

Finalizando, meus Irmãos deixo como reflexão:
O que cada um de nós está fazendo para melhorar o ambiente em que vivemos?
Estamos sendo responsáveis enquanto maçons?
Estamos cumprindo nosso juramento e fazendo o máximo possível?
Estamos correspondendo às expectativas dos nossos Irmãos?
A todos, que o Grande Arquiteto do Universo abençoe.

Ailton Alves

Mestre Maçom da ARLS∴ "Alferes Tiradentes" Nº 20 - Grande Loja de Santa Catarina

Florianópolis - SC