Alfabeto Maçônico: suas raízes e origens

Há quem afirme ter sido a Escrita de Alvão a primeira do mundo por volta de 7 mil anos a.C. Comprovadamente, no entanto, as primeiras tentativas surgiram por volta de 4 mil a.C. O alfabeto, na sua verdadeira concepção, surgiu por volta de 2 mil a.C. pelos Fenícios. Ele é tido como o ancestral de todos os alfabetos, inclusive o grego.

Os gregos tiveram seu alfabeto a 900 a.C. Mas antes mesmo do alfabeto grego encontramos com mais consistência as hieróglifos, com escrita através de desenhos e símbolos, que foi a primeira forma escrita desenvolvida pelos egípcios.

Apenas para ilustração, o latino que é influenciador do português, espanhol, italiano, francês, romano derivou-se do alfabeto grego.

O historiador grego Políbio (204 a.C. a 122 a.C.), no seu livro Histórias, descreve um código poligrâmico atribuindo a autoria do mesmo aos seus contemporâneos Cleoxeno e Demócleto. É a partir dessa época que começa o início da era dos códigos secretos, até chegarmos na era dos Templários que se comunicavam através de códigos secretos, mormente as relacionadas às famosas ordens de pagamento.

A história contempla que os Templários praticavam os seus próprios rituais secretos e se utilizavam de um alfabeto codificado visando guardar sigilo das grandes negociações que efetivavam.

Se no Código de Políbio começam as especulações de códigos secretos, a partir de Código Rúnico ainda na Idade Média, observa-se a primeira semelhança com o alfabeto maçônico, incluindo até pela cruz de Santo André.

As cruzes tiveram influência vital na formação do Alfabeto Maçônico. Duas das 21 espécies de cruzes compõem o alfabeto maçônico da nossa Maçonaria Especulativa ou Moderna: a cruz Quádrupla e a cruz de Santo André.

Mas anteriormente ao alfabeto maçônico propriamente dito, o tempo evoluiu nas codificações e também nos alfabetos secretos até chegarmos a cifra PIG-PEN.

A tradução literal do nome da cifra PIGPEN é “chiqueiro” e vem do fato de que cada uma das letras (os porcos) é colocada numa “casa” (o chiqueiro).

A sua utilização começou a partir do início do milênio 1.600, como forma dos membros da maçonaria operativa se comunicarem entre si, mantendo as suas mensagens confidenciais.

Henrich Cornelius Agrippa, o ocultista mais importante de sua época é considerado como o fundador da filosofia oculta. Foi o grande rebelde da Renascença tendo nascido em 1.486 em Colônia, Alemanha. Passou boa parte de sua vida na França e Itália, onde trabalhou também como agente secreto, soldado, teólogo, médico, orador e jurista como professor de Direito. Foi o influenciador direto do alfabeto maçônico alemão e inglês na Idade Média e o grande divisor de águas entre os alfabetos da antiguidade e os alfabetos secretos.

Em pleno Século XVII, inspirando-se nos alfabetos maçônicos alemão e inglês, os franceses criaram o seu próprio alfabeto.

Como já ressaltado, o alfabeto maçônico foi construído com base das cruzes quádrupla e de Santo André, sendo esta uma das joias de um dos graus filosóficos do REAA.

Somos de acordo que o maçom deve ter ao menos noção do Alfabeto Maçônico até para preservar sua cultura dos nossos usos e costumes, que em geral, possui uma peculiaridade: ele é lido sempre detrás para frente como o alfabeto hebraico.

E porque foram criados os alfabetos maçônicos? Para preservar informações confidenciais, como no tempo dos Templários, que receberam perseguições da Igreja durante a época da inquisição.

Hoje, o alfabeto maçônico tornou-se um elemento que parece folclórico, visto que não assegura a confidencialidade de uma mensagem.

Bibliografia:

Livros:

Burman Edward – Templários – Os Cavaleiros de Deus – Nova Era – 1.998.

Costa, Frederico Guilherme – “Questões Controvertidas da Arte Real” – Trolha – 1.997 – Volume III.

Merriam-Webster dictionary pigpen.

Naudom, Paul – “Histoire Générale de la Franc-Masonnerie” – Offick du Livire – Paris – 1.987.

Varolli Filho, Theobaldo – “Curso de Maçonaria Simbólica – Aprendiz – Tomo I” – A Gazeta Maçônica.

Internet:

https://www.google.com.br/

https://www.fin-mag.fr/article/611/1%E2%80%99alphabet-ma%C3%A7onnoque-message-cod%C3%A9ritage-du-carr%C3%A9%-magique-de-1%E2%80%99antiquit%C3%A9

https://www.seuguara.com.br/2010/05/alfabeto-templarios-e-alfabeto-maconico.html

https://www.thegoatblog.com.br/nupesma/archives/2007/06/entry_109.html.

Jeronimo Borges

VM da Loja Templários da Nova Era

Membro da Academia Catarinense Maçônica de Letras

Editor do JB News.

As cruzes tiveram influência vital na formação do Alfabeto Maçônico. Duas das 21 espécies de cruzes compõem o alfabeto maçônico da nossa Maçonaria Especulativa ou Moderna: a cruz Quádrupla e a cruz de Santo André.