Apesar de tudo transparecer que a vida não tenha mais sentido, precisamos acreditar no amanhã
Quantas violências perceberam em todos os sentidos que nos permeiam diariamente e nos tornamos estáticos sem ações de reações e sem instrumentos necessários para coibir tamanha crueldade, seja com o meio ambiente em que convivemos e que fazemos parte.
Assistimos cálidos ou as narramos por dever de ofício sem mais do que espectadores de um espetáculo diário como cúmplice das crueldades, perante das indefesas vítimas e não conseguimos reagir, pois entendemos que o problema é com o outro e quanto menos eu me envolver, melhor. Covardia, não.
Estamos diante do inconsciente coletivo de “acharmos” e não termos a certeza de que presenciamos diariamente com a banalização do sentido da vida sem os devidos valores que ela deixou de ter, perdeu-se o respeito pelo outro e este também somo nós mesmos.
Falta de uma religiosidade, de fé, dizem alguns. Nossas crianças esquecidas e abandonadas de uma formação adequada dentro do lar, diriam alguns que os seus pais ou responsáveis não souberam educar e as instituições sociais estão falidas e perderam o rumo da história, pois aceitamos aos poucos que tudo agora é normal, violência banal em todos os sentidos da nossa realidade contemporânea, perdeu-se o amor próprio por si e pelos nossos semelhantes.
A intolerância é consequência do egoísmo, tudo eu posso, tudo eu quero, não devo satisfação a ninguém. Sou senhor de mim mesmo e que se dane aqueles que não gostarem da minha atitude, enfim, perdeu-se a vergonha e os valores morais e éticos que não foram aprendidos, jamais serão então vivenciados e o desrespeito é um processo natural para aqueles que praticam a violência e esta passou a ser um meio de diversão, assalta-se, mata-se, queima-se, agride-se, estrupa-se as suas vítimas, com naturalidade e nada acontece, pois as leis são brandas e ineficazes, porque o céu para quem pratica tais violências, não é o limite.
EM TEMPO:
Apesar de tudo, precisamos acreditar no amanhã, sem violência e na paz, seja interior, seja na sociedade em que vivemos.
Lutar é um direito inerente de nossa personalidade desde a nossa fecundação, onde pela corrida da sobrevivência pela vida, o óvulo foi fecundado pelo espermatozoide e naquele momento tivemos a vitória e o triunfo da natureza da geração da nossa existência.
Portanto, a nossa vida não pode ser banalizada e desprezada, seja por nós mesmo seja por outrem, também responsabilizarmos pelas vidas que geramos e coloca-las no prumo certo, por isso na convivência em sociedade organizada, as instituições existem para harmonizar tais relações sociais e fazer o direito de cada um, porém também responsabilizar a todos que também tem deveres a serem cumpridos.
José Sérgio dos Santos
Professor aposentado
Fonte: profzesergio.blogspot.com.br