CADEIRA DAS REFLEXÕES

Comecemos questionando se estamos tratando de um elemento simbólico ou de um objeto concreto.

Se os considerarmos separadamente, chegaremos à conclusão de que há tanto um objetivo simbólico quanto um elemento material. Porém, se observarmos de modo atento, a referida cadeira não tem uma estrutura predeterminada. Pode ser um trono ou um tamborete; contudo, serve para assentar o corpo.

A CADEIRA É, POIS, O SÍMBOLO DE AQUIETAR A MATÉRIA PARA VIBRAR O ESPÍRITO.

Parados, nos interiorizamos. Livres dos estímulos da movimentação, é possível captarmos energias sutis.

A fim de entendermos a “Reflexão”, resgataremos o aprendizado dos bancos escolares. Em Física, aprendemos que a reflexão é o fenômeno pelo qual um raio de luz que incide sobre uma superfície é refletido.

Lembremos que, nos processos iniciáticos, “raios de luz” (perguntas, estímulos e movimentos) são “lançados” no candidato, para que o neófito manifeste respostas, reações, coragem e determinação. É essa a reflexão, ou seja, é o que e como “volta” à fonte emanadora.

Ainda no estudo da Física, aprendemos que a reflexão da luz pode ser especular, havendo sinergia entre os ângulos que atingem o objeto/iniciando e seu retorno ao ambiente. É o efeito espelho que ocorre quando presenciamos uma iniciação e visualizamos a nossa. Mas há também a reflexão difusa, na qual os “raios de luz” são refletidos em diferentes direções, muitas vezes por conta de materiais diferentes, em que se projetou a mesma luz.

POR ISSO, DEVEMOS COMPREENDER QUE A INICIAÇÃO É UM PROCESSO PESSOAL E INDIVIDUALIZADO. FAZER SESSÕES MAGNAS COM VÁRIOS CANDIDATOS NÃO PRODUZ A VIBRAÇÃO HARMÔNICA NECESSÁRIA PARA, DE FATO, INICIAR UMA NOVA ETAPA DE VIDA.

Entretanto, ainda existem dois aspectos relevantes que devemos resgatar na Cadeira das Reflexões. Primeiro, como Maçons, devemos ter um tempo/espaço para concentrarmos nosso espírito sobre nós mesmos.

Nesse caso, ouvirmos a voz da consciência moral espiritual acerca de nossas representações no teatro da vida, em que somos convidados a desempenhar muitos papéis. Refletirmos sobre nossas ideias e nossos ideais, sentirmos os nossos sentimentos e descobrirmos suas origens e seus destinos.

O segundo ponto é nos conscientizarmos de que a reflexão é uma virtude, pois é uma disposição da alma que nos convida a pensar e a evitar o pré-julgamento, a imprudência, a lascívia perniciosa e, sobretudo, a abandonar os vícios.

A reflexão difusa, em que os raios de luz, ao incidirem sobre a superfície, espalham-se em várias direções, é facilmente compreendida ao observarmos uma Pedra Bruta com tantas arestas.

E muitas dessas arestas que temos não necessitam do Cinzel e do Malho. Basta apenas um lampejo de consciência nascido no momento de quietude e no desejo de ser mais polido.

Neste ­17º ano de compartilhamento de instruções maçônicas e provocações para o enlevo moral e ético dos Irmãos, permanecemos no nosso propósito maior de disponibilizar uma curta reflexão a ser discutida em Loja. O Ritual não pode ser delapidado. A Ritualística deve ser seguida integralmente. O Quarto-de-hora-de-estudo é fundamental em uma sessão Justa e Perfeita.

Sinto muito, me perdoe, sou grato, te amo. Vamos em Frente!

Fraternalmente
Sérgio Quirino
Contato: 0 xx 31 99959-5651 / quirino@roosevelt.org.br
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