CARGOS, CAMINHOS DA PLENITUDE
Em determinado momento de nossa história, tomamos conhecimento de que alcançamos a plenitude maçônica. Se essa informação ainda não lhe chegou, saiba que chegará. Mas, de antemão, informo que haverá controvérsias.
Em que consiste a plenitude?
De acordo com os dicionários, é o estado do que é inteiro, completo, cheio, satisfeito – o que, por si só, já poria por terra o jargão “Eterno Aprendiz”. Faz-se necessária a compreensão de que, indiferentemente do grau em que nos encontramos, estamos, sim, em “Eterno Aprendizado”.
A satisfação também é duvidosa, uma vez que, sendo Maçons Especulativos, devemos aspirar a algo mais. Sem dúvidas, um verdadeiro Mestre deve querer ir além. A “insatisfação” deve nascer não pelos destinos já alcançados, mas pelos caminhos que ainda não percorremos.
O máximo de satisfação possível, o manifestamos tirando o pó do avental após nossas sessões. Então, trata-se de sermos ou não Maçons, já que a PLENITUDE do que somos é o resultado de nossas OBRIGAÇÕES e nossos COMPROMISSOS.
ALCANÇASTE A PLENITUDE OU ESTÁS EM
CONDIÇÃO DE CONSTRUÍ-LA?
Ambicionamos entrar para a Maçonaria. Tal ambição segue por iniciações, elevações, exaltações, instalações e investiduras, colocando-nos na condição de favorecidos por termos nossos desejos atendidos por outros Irmãos, os quais desenvolvem os trabalhos para a concretização de nossos intentos. Contudo, quantos de nós somos gratos e retribuímos no mesmo patamar?
É NO EXERCÍCIO DOS CARGOS QUE NOS COMPLEMENTAMOS.
Não é a simples leitura dos rituais que, de fato, traz a formação, mas a prática da mensagem ritualística e o comprometimento com a função individual em prol do enlevo coletivo. Compreendemos essa realidade na pessoa do Hospitaleiro. Como ônus, ele tem apenas um giro e uma fala em Loja, mas o bônus pessoal e institucional advém de seus passos filantrópicos e das palavras solidárias fora das reuniões.
Estejamos atentos às possibilidades das mensagens subliminares de estímulo de virtudes em toques, sinais, palavras e respostas. Recebemos tais encorajamentos no subconsciente, com o único propósito de nos imporem um freio salutar aos vis interesses que atormentam o cidadão comum. E isso só é possível no exercício de qualquer e de todos os cargos em Loja.
O filme “Kardec, a história por trás do nome” retrata a vida do nosso Irmão e educador francês Hyppolyte Léon Denizard Rivail, reconhecido mais tarde como Allan Kardec, em uma passagem muito interessante. Em uma sala de aula em Paris, no século 19, ele, como verdadeiro mestre, provoca seus apprentis:
“- Parem tudo o que estão fazendo! Prestem atenção! Para que servem os livros?
- Para nada, se não soubermos usá-los para pensar, para sentir.
- Dúvidas? Perguntas? Curiosidades?
- Escutem seus corações, entendam por si mesmos até onde a inteligência pode nos levar.
- Penso, logo existo! – responde um aluno.
- Isso, perfeito, Bernardo.
- Mas o nosso grande filósofo René Descarte disse exatamente:
duvido, logo penso, logo existo.
- Não é o que vemos que comanda o mundo. O que não vemos é o que importa. Cada um de vocês pode ir além, muito, muito mais além.”
Neste 19º ano de compartilhamento dos artigos dominicais, reafirmo o desejo de independente de graus, cargos ou títulos, continuar servindo os Irmãos com propostas para o Quarto-de-Hora-de-Estudo. Uma lauda para leitura em 5 minutos e 10 minutos para as devidas complementações e salutares questionamentos.
O exíguo tempo é um exercício de objetividade e pragmatismo que visa otimizar os trabalhos e cumprir integralmente o ritual.
Convosco na Fé - Robur et Furor
Fraternalmente
Sérgio Quirino
Minas Gerais Shrine Club
MI GMAdV 33°REAA 33°RB 9°RM MMM Shriner
CT REAL ARCO CT ARCO REAL HRAKTP
PRESIDENTE DO MINAS GERAIS SHRINE CLUB
Contato: 0 xx 31 99959-5651 / quirino@roosevelt.org.br
Facebook: (exclusivamente assuntos maçônicos) Sergio Quirino Guimaraes
Os artigos publicados refletem a opinião do autor exclusivamente como um Irmão Maçom
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