Comprometimento - A sustentação de uma organização.

Somos conscientes, que o comprometimento é muito importante tanto na vida comercial quanto na vida filantrópica, aquelas em que nos doamos para o bem comum. Mas vejamos: é tarefa fácil ou difícil? O porquê de não cumprir o que prometemos? O Comprometimento é empenho, engajamento e uma promessa a se cumprir. Portanto, comprometimento torna-se sendo uma obrigação, que é uma obrigação a fazer, atividade, atribuição, dever, encargo, imposição, incumbência, missão, múnus, obrigação, ocupação, programa e principalmente, responsabilidade.

Existem várias perspectivas de análise do comprometimento organizacional, as mais conhecidas são aquelas com enfoque no afetivo, normativo e instrumental. O enfoque afetivo é quando o indivíduo se identifica com a organização, seus valores e metas, e deseja permanecer nela como um componente desta, buscando sempre atingir os objetivos organizacionais. Lealdade, desejo de permanecer e esforçar-se em prol da organização são algumas características do comprometimento afetivo. O enfoque normativo se refere ao conjunto de pressões internalizadas pelo indivíduo para que se comporte de forma conveniente com os objetivos da organização.

Já a ênfase está na internalização de valores, normas, crenças e papéis que direcionam o comportamento do indivíduo. Por fim, o enfoque instrumental é relativo às recompensas e custos associados à condição de membro da organização, ou seja, o comprometimento do empregado é função da relação recompensa x custo (Pereira e Brito, 1994).

Mas infelizmente, muitas vezes nos deparamos com uma “coisinha” chamado vaidade. A vaidade pode até ser uma forte ligação que temos com determinadas pessoas, mas não necessariamente com alguns projetos. Contudo, devemos refletir bem antes de oferecermos nosso apoio a alguém para fazer algo, principalmente quando sabemos que não irão ser tão presentes como deveria ser.

Contudo, pensar sobre o comprometimento das pessoas com a organização deixou de ser retórica e passou a ser uma efetiva questão gerencial para lidar com a competitividade e com a capacidade de enfrentar a turbulência do mundo atual.

É importante que diante de todos os contextos, a espiritualidade é fundamental, mas ela, em qualquer das organizações está representada nas oportunidades para realizar trabalho com significado, no contexto de uma comunidade, com um sentido de alegria e de respeito pela vida interior. Mas infelizmente muitos não veem por este lado.

A verdade é que é muito fácil se colocar à disposição, entretanto a correria do dia a dia, as urgências que atropelam nossa programação e, por fim, a simples e mais elementar razão de não sermos os responsáveis diretos por determinada tarefa, faz com que a gente deixe de dar apoio ou agir como parceiro para quem prometemos ajuda. É fácil falar, mas o comprometimento exige muito mais do que palavras. Exige tempo, empenho, dedicação, disposição e uma dose extra de responsabilidade. Ninguém é obrigado a se comprometer com nada, nem com ninguém, mas somos responsáveis pelos compromissos que assumimos. Essa não é apenas uma atitude importante para reforçar nossa imagem, é também um comportamento fundamental para consolidar relacionamentos e formar redes de sucesso seja lá em qual lugar for.

Agindo de forma anormal, corremos o risco de macular nossa imagem, de prejudicar resultados e, o pior de tudo, de magoar ou afastar amigos queridos. Desses amigos a gente até consegue o perdão, o difícil mesmo é se perdoar por falhar com alguém que contava contigo e com quem tantas vezes você já pode contar. Pense o quanto é ruim necessitar de ajuda, ter recebido a promessa de apoio, estar contando com ele, mas não receber a colaboração. Muitas vezes a gente fica assim, com o pincel na mão, mas sem a escada. Se soubermos o quanto isso é desagradável temos que nos empenhar em não deixar ninguém nesta situação. O melhor legado que podemos deixar ao mundo é nossa credibilidade. Ser alguém que cumpre todos os compromissos que assume, alguém confiável com quem se pode contar, uma pessoa de palavra. É assim que somos vistos quando fazemos exatamente o que falamos.

* Valdecir Martins – Membro da União Brasileira de Escritores – UBE/MS.

Bacharel em Adm. de Empresas - Policial Militar – Sgt. PM. Graduado e Pós-Graduado em Estudos de Política e Estratégia pela UCDB/ADESG, XXI CEPE.

E-mail: akinathonster@gmail.com

Site: www.administradores.com.br/home/akinathon.

Publicado originalmente no JB News Nº 1466.