Conto-terapia chacrática:Chapeuzinho vermelho e os sete chacras

 

"Somos os heróis da nossa própria vida, e um conto de fadas acontece dentro

de nós, todos os elementos são partes da nossa paisagem interior. O conto

do Chapeuzinho Vermelho mostra isso com todos os seres vivos que agem dentro dele, estimulando cada um dos sete chackras principais, colaborando assim com a saúde da nossa vida em todos os níveis, um corpo saudável, uma alma alegre e ágil, o espírito lúcido e sábio" 

 

Conto-terapia chacrática: CHAPEUZINHO VERMELHO E OS SETE CHACRAS

 

O primeiro chakra tem a cor vermelha, é relacionado com o primeiro setênio e com a família ancestral e sua energia é a da confiança primordial. Todas estas qualidades do primeiro chakra encontramos na menina chamada Chapeuzinho Vermelho. O chapeuzinho já tem a cor certa, foi um presente da avó (família ancestral), e a menina deve ser pequena, imaginamos uns 7 ou 8 anos?

 

O segundo chakra tem a ver com o movimento e alegria de viver, com o segundo setênio (a saída ao mundo, a escola), e o movimento ocorre quando saímos para buscar o que nos falta. No conto a avó está doente, falta-lhe saúde, e é por isso que a mãe de Chapeuzinho pede que ela saia de casa e leve bolo e vinho para restabelecer a saúde da avó. A cor do chakra é laranja, podemos brincar um pouco e dizer que era a cor do bolo? Um bolo de laranja? O vinho ainda remete ao primeiro chakra com seu vermelho profundo. Quando Chapeuzinho encontra o lobo, ela continua no seu estado de confiança e conversa com ele, sem medo. O lobo inclusive, mostra-lhe a beleza do bosque, o sol, os passarinhos e as lindas flores que poderia colher para a sua avó, e assim a alegria de viver do segundo chakra se manifesta com bastante força.

 

O terceiro chakra é amarelo, tem a ver com o nosso pode pessoal e a força de vontade. Nos contos de fadas ocorre quando aparece um elemento novo, quando acontece um encontro, muitas vezes o ajudante do herói que mostra o caminho a seguir. O lobo é o terceiro chakra intensificado mas desequilibrado, que vive o seu poder pessoal de modo egoísta, para satisfazer as suas vontades. Todos nós temos um lobo no nosso chakra do plexo solar, a pergunta é como lidamos com ele e como usamos a sua força. O lobo vai e engole a avó, engana Chapeuzinho e a engole também.

 

O quarto chakra é o chakra do coração, sua cor é um suculento verde fresquinho, como a natureza em plena primavera, cheia de vida e doação. A sua energia anímico-espiritual é a do amor incondicional, a compaixão. Surge no bosque (verde!) o caçador e passa perto da casa da avó, onde houve os roncos do lobo. Achando que a velhinha não estivesse bem por roncar deste jeito, ele entra e vai olhar. Aqui a personagem age de forma altruísta, tem compaixão por outra pessoa que precisa de ajuda.

 

O quinto chakra é o chakra da verdade, sua cor é o azul celeste, fica situado na garganta. Pois quando o caçador entra na cabana, descobre que o ronco vinha do lobo e eleva sua espingarda a altura do pescoço para atirar, dizendo: Até que enfim te encontrei, seu malvado!

 

Mas o sexto chakra, o da sabedoria e do discernimento, localizado no terceiro olho, permite o caçador parar para pensar antes de matar a fera. E ele deduz que seria possível que o lobo tivera engolido a avó e esta talvez ainda estivesse viva dentro dele. Então ele pega uma tesoura e abre a barriga do lobo, “separando” a velha e Chapeuzinho Vermelho do lobo. A tesoura é uma ferramenta que simboliza bem o discernimento. A barriga do lobo é preenchida de pedras, pois o que se engole com pressa não pode ser digerido e faz mal, tanto do ponto de vista físico, quanto anímico. A gula dele foi tão grande que a sua comida virou pedra e levou-o a própria queda. O discernimento no conto se apresenta ainda no final, quando cada um recebe o que lhe convém: o caçador tira a pele do lobo e a leva consigo, a avó come o bolo e toma o vinho, e Chapeuzinho lembra do conselho da mãe de tomar cuidado com o lobo. A cor deste chakra é o azul noturno que precisamos para ver as estrelas!

 

O sétimo chackra é a coroação, o herói torna-se rei, ou volta para casa depois das aventuras, amadurecido, sendo o rei da própria vida. Normalmente todos as personagens são mencionadas mais uma vez, o que neste conto acontece no último parágrafo, durante a descrição do discernimento.

 

Somos os heróis da nossa própria vida, e um conto de fadas acontece dentro de nós, todos os elementos são partes da nossa paisagem interior.

 

O conto do Chapeuzinho Vermelho mostra isso com todos os seres vivos que agem dentro dele, estimulando cada um dos sete chackras principais, colaborando assim com a saúde da nossa vida em todos os níveis, um corpo saudável, uma alma alegre e ágil, o espírito lúcido e sábio.

 

Karin Stash Ulex 

 

Editora de pequenas coleções de contos para diversos temas, deu cursos em escolas sobre a importância pedagógica dos Contos de Fadas. 

Atualmente mora na Alemanha, onde fez a formação em Terapia Chacrática com Contos de Fadas. 

É co-organizadora dos festivais de contos de fadas em Lüneburg e trabalha como contadora de histórias e terapeuta chacrática.