DIREITO E DEVER SOB O PRISMA DA MAÇONARIA

À luz do conhecimento profano, DIREITO compreende tudo aquilo que posso fazer ou deixar de fazer, uma espécie de prerrogativa, às vezes, tratada como um privilégio, que, em caso de desvios, se transforma em regalia.

Por sua vez, o DEVER é compreendido como encargo ou imposição criados pela lei, pelo uso e costumes ou pela consciência, de fazer cumprir os compromissos assumidos. Da mesma forma, ele pode ser mal compreendido como obrigação, quando chegamos ao extremo do sentimento de autopunição, como se estivéssemos a dever algo.

No âmbito da nossa vida em sociedade, DIREITOS são benefícios que possuímos no contexto do grupo no qual estamos inseridos. E DEVERES são as normas que devemos cumprir para manter a harmonia neste grupo, formando esta simbiose entre os conceitos de Direito e de Dever.

MEU DIREITO É GARANTIDO A PARTIR DO CUMPRIMENTO DE MEU DEVER.
MEU DEVER ENCONTRA SUSTENTAÇÃO NOS FUNDAMENTOS DO MEU DIREITO.

Onde encontramos claramente esta simbiose na Maçonaria?

Nos nossos Rituais! Todo labor maçônico é voltado para o direito e para o dever. Cada qual, dentro de seu direito, pode se sentar nos locais em que a ritualística indica e terá que se levantar quando, pelo dever, for solicitado, seja por meio da batida do malhete, seja por uma frase, às vezes, até mesmo por um gesto.

Outro exemplo claro é o “Uso da Palavra”. Um Direito garantido a todos, desde que, cumprindo o Dever de ser a “Bem da Ordem”. Quem avalia esta condição é o condutor dos trabalhos ou o Guardião das Leis, tudo para manter a harmonia que deve reinar no grupo durante os trabalhos.

Da mesma forma, a entrada e a saída no Templo são regidas por regras ritualísticas garantindo o direito de tomar assento e o dever de ali permanecer até ser autorizada a saída, para que não incorramos em descumprimentos dos deveres e a consequente perda de direitos.

Todo o processo de condução dos nossos labores na Maçonaria tem em si um propósito mais elevado do que as reuniões no Templo. As regras descritas nos direitos e deveres são normas fundamentais que se estendem a qualquer aspecto da nossa vida. Quando utilizamos a expressão “nos lapidar” tratamos da aplicação dos conceitos de DIREITO e DEVER.
SOB O PRIMA DA MAÇONARIA,
O DIREITO É A JUSTIÇA, A RETIDÃO, A LEI.
O DEVER É SER JUSTO, RETO E CORRETO.

Como saber se a prática nos labores maçônicos está incorporada à nossa vida profana?

Quando garantimos os direitos de nossos semelhantes, cumprimos com nossos deveres e, então, recebemos o admirável título de Cidadão. Essa expressão, usada antigamente para quem morava nas cidades, hoje, conscientes de que não há fronteiras municipais ou estaduais, devemos todos nós, Maçons e não iniciados, trabalhar em conjunto para uma sociedade melhor.

Como Maçons, somos exemplos vivos. Quando cumprimos nossas obrigações, permitimos que os outros exercitem seus direitos.

Seguimos neste ­16º ano de compartilhamento de instruções maçônicas, porque acreditamos fielmente que um mundo melhor se constrói pela qualificação do artífice. Precisamos nos reanimar permanentemente para o bom uso do malho e do cinzel.

Sinto muito, me perdoe, sou grato, te amo. Vamos em Frente!

Fraternalmente

Sérgio Quirino
Grão-Mestre - GLMMG 2021/2024
Sérgio Quirino
MI  33  MMM  KTP Shriner GM
Contato: 0 xx 31 99959-5651 / quirino@roosevelt.org.br
Facebook: (exclusivamente assuntos maçônicos) Sergio Quirino Guimaraes Guimaraes
Os artigos publicados refletem a opinião do autor exclusivamente como um Irmão Maçom.
Os conteúdos expostos não reproduzem necessariamente a ideia ou posição de nenhum grupo, cargo ou entidade maçônica.