Disciplina.

“É uma palavra que tem a mesma etimologia da palavra “DISCÍPULO”, que significa aquele que segue; Em filosofia significa conjunto de conhecimentos metódicos ou regra de conduta (a disciplina dos costumes) e é aplicada às organizações e as pessoas”.

Na Maçonaria, significa uma rigorosa e irrestrita observância às normas, às Constituições, aos Landmarks, aos Regulamentos, às Obediências e às Autoridades. Sem disciplina nenhuma organização ou entidade domina seus interesses. Por que a indisciplina gera um grave mal, a exemplo da anarquia a qual combatemos, por produzir o caos. A indisciplina anda em voga no meio político: “quanto pior melhor” porque atende a seus méritos.

A disciplina é irmã gêmea da liberdade, quando a usamos como direito, ou seja, o direito agindo para que a manifestação de liberdade seja garantia de todos. Porém essa afirmativa produz efeito quando se consegue respeitar os direitos alheios; que é diferente da liberdade pessoal, conseguida pela deferência espontânea das normas previamente estabelecidas e da obediência às autoridades constituídas.

O cidadão que pretende viver em sociedade leva para seu convívio um dos deveres essenciais. A DISCIPLINA; sinalizada por juramentos, estudos, posturas, segurança nas determinações e ações; sob pena de, não o fazendo, gerar no grupo: dissabores, desentendimentos, egoísmo, divisões e não conseguir transmitir a paz nem a harmonia, tornando-se assim, um cidadão que não inspira segurança a seus companheiros.

Na sociedade em geral, quando aceitamos o convite para ser Iniciado na Ordem Maçônica imaginamos uma gama de normas próprias a que seremos submetidos a cumprir; e quando aceitos, prometemos cumprir, através de jura mentos, e preceitos outros que formarão o caráter e a moral do cidadão/irmão.

Portanto, sem a Disciplina Maçônica, a busca da perfeição correrá por trilhos difíceis de alcançar.

A Maçonaria praticada nos dias atuais, não estabelece atração por conhecimento além dos nossos Rituais – deixado então uma lacuna para o desenvolvimento da desmotivação, que geram, às vezes, na consciência dos Irmãos a vontade latente de deixar a Ordem, por não ver mais, sólidos compromissos, morais e éticos (ensinamentos que norteiam a nossa Instituição).

Assim, no trote da carruagem, quando se falar em Maçonaria, dir-se-á “FOI UMA SOCIEDADE DISCIPLINADA QUE EXISTIU ATÉ OS IDOS DE…”. Enfim, o que devemos e podemos fazer para estagnar este quadro?

LEMBRE-SE:

Não nos cabe exigir que outros façam ou pensem como faríamos ou pensamos.

AUTOR

Amâncio, 33.

Publicado na “Revista Fraternizar” Ano XVII nº 198 – Junho/2015.