EUDAIMONIA MAÇÔNICA

Apesar do nome pomposo, Eudaimonia é traduzido como felicidade. Logo, Eudaimonia Maçônica consiste na Felicidade Maçônica. Poderíamos, nesse sentido, propor a seguinte pergunta aos Irmãos: qual é sua Eudaimonia Maçônica?
Decerto, vários de nós responderiam: “Ir à minha Loja!”, “Estar com os Irmãos!”, “Assistir a uma bela sessão!”. Contudo, não é isso. As situações mencionadas são sentimentos de alegria, de bem-estar circunstancial.
A EUDAIMONIA MAÇÔNICA NÃO ESTÁ RELACIONADA
A LUGAR, PESSOA OU SITUAÇÃO!
Em âmbito profano, a felicidade é o sentimento de bem-estar que, naquele momento e/ou lugar, nos sentimos tranquilos, relaxados e até motivados. Porém, ela acaba sendo perecedoura e, em algumas vezes, resulta em tristeza. Exemplo é uma viagem à praia e depois a chegada da fatura do cartão de crédito.
Outro viés é a pseudorrelação na qual, em algumas situações, tratamos a felicidade como sorte: “José está feliz. Ele ganha bem, deu sorte de escolher sua profissão”.
Foi, de fato, “sorte” que fez José escolher uma determinada profissão? Todo rico é feliz? Todo pobre é triste? Uma única coisa/situação pode garantir a felicidade?
Nesse ponto, devemos recordar nossas reflexões junto ao elemento terra ao qual estivemos encarcerados: “Não espere receber nenhuma recompensa material da Maçonaria.” A Felicidade Maçônica é, portanto, o estado de contentamento estável, e tal estabilidade somente advém da prática de nossa filosofia.
Sendo assim, felicidade é um assunto filosófico? Sim! A Maçonaria nos ensina a suportar os reveses nos problemas, nas realidades e, para os que acreditam, da sorte. Pertencemos a uma Ordem Filosófica que, pela linha aristoteliana, a felicidade seria o equilíbrio, a harmonia e a prática do bem.
Ouvimos semanalmente o chamado para combatermos a tirania, a ignorância, os preconceitos e os erros e para glorificarmos o Direito, a Justiça e a Verdade. E é isso que Platão, em sua obra A República, sintetiza no conceito de que somente os morais podem ser verdadeiramente felizes. Mas, para tanto, devem guiar-se pelas virtudes da sabedoria, da força, da temperança e, em destaque, da prática da justiça.
Por sua vez, Tales de Mileto, quem viveu no século sexto antes de Cristo, dizia que um ser feliz tem alma bem formada.
Todos nós temos objetivos na vida, os quais se resumem a desejos e sua relação com a possível felicidade oriunda dessas conquistas. No entanto, não podemos perder de vista que são desejos intermediários e que, para os alcançar, nunca podemos nos afastar da Moral e da Ética, visto que nossos objetivos devem ser elevados. Nossa missão é alcançar a plenitude do ser.
A CHAVE PARA A EUDAIMONIA MAÇÔNICA ESTÁ EM TROCARMOS A PERGUNTA
“O QUE DEVO FAZER?” POR “COMO DEVO SER?”.
A VIDA É IR EM FRENTE. NÃO HÁ DESTINO, HÁ APENAS CAMINHO.
Neste 19º ano de compartilhamento dos artigos dominicais, reafirmo o desejo de independente de graus, cargos ou títulos, continuar servindo os Irmãos com propostas para o Quarto-de-Hora-de-Estudo. Uma lauda para leitura em 5 minutos e 10 minutos para as devidas complementações e salutares questionamentos.
O exíguo tempo é um exercício de objetividade e pragmatismo que visa otimizar os trabalhos e cumprir integralmente o ritual.
Convosco na Fé - Robur et Furor
Fraternalmente
Sérgio Quirino
Minas Gerais Shrine Club
MI GMAdV 33°REAA 33°RB 9°RM MMM Shriner
CT REAL ARCO CT ARCO REAL HRAKTP
PRESIDENTE DO MINAS GERAIS SHRINE CLUB
Contato: 0 xx 31 99959-5651 / quirino@roosevelt.org.br
Facebook: (exclusivamente assuntos maçônicos) Sergio Quirino Guimaraes
Os artigos publicados refletem a opinião do autor exclusivamente como um Irmão Maçom
Os conteúdos expostos não reproduzem necessariamente a ideia ou posição de nenhum grupo, cargo ou entidade maçônica.



