HÁ ACASO PARA OS MAÇONS?

Relembremos o refrão da música Epitáfio, da banda Titãs:
“O acaso vai me proteger enquanto eu andar distraído. O acaso vai me proteger enquanto eu andar”.
A mensagem transmitida é que o imprevisível/acaso acontecerá em sua proteção, seja de forma inconsciente (“andar distraído”) ou consciente (“eu andar”). Por mais romântico ou acolhedor que possamos nos sentir diante dessa expectativa, ela é falsa e impossível de acontecer diante dos ditames maçônicos.
Antes da explicação, vamos esmiuçar o Acaso, o qual possui três graus de entendimento. O primeiro grau é aquele que aprendemos como o que acontece sem finalidades, algo que aconteceu sem propósito, sem causa final. Não questionamos, na verdade nem temos bem os olhos abertos para compreender as diferenças entre um meio-dia e uma meia-noite. O tempo é simplesmente um passar de horas.
Em segundo grau, há um pouco de sensibilidade de tempo, porém sem a percepção de algo acontecer como consequência de um aspecto do passado. É como uma caminhada reta com uma pequena parada reflexiva oblíqua, mas retornando à marcha efêmera.
Todavia, a plenitude do grau três do Acaso é crer que pode acontecer algo sem ter explicação por nenhuma relação com outra coisa – nem simultânea, nem precedente. Em outras palavras, sem qualquer determinação. A exemplo de “está morto porque morreu”. Oh! Senhor, meu Deus!
Conceituações apresentadas, reafirmo que, para os Maçons, não há Acaso, por uma questão landmarkiana. Afinal, não há ateus entre nós, e nossa condição sine qua non da crença em um PRINCÍPIO CRIADOR, cuja denominação GRANDE ARQUITETO DO UNIVERSO afasta a incredulidade de uma Onipresença durante a força das luzes dos dias e das trevas das noites.
Assim como sua Onisciência é atemporal, a bela semente descoberta após saborear o fruto está ligada à semente que originou a árvore, e ela mesma se tornará uma outra árvore e outras mais sementes.
A sabedoria é Onipotente e explícita pela crença em uma vida futura. Ciclos de evolução nos quais o que aconteceu, acontece ou acontecerá têm explicações por relação com outros acontecimentos que já tenham acontecido, acontecem ou mesmo acontecerão. Todos nós, pelo menos um momento na vida, chegamos ao entendimento daquilo que possa já ter acontecido, teve um motivo, uma razão e foi no tempo adequado.
Não somos marionetes de Moros, deus grego do destino, pois:
PARA OS MAÇONS, TUDO TEM
CAUSAS INICIAIS, DETERMINAÇÕES E CONSEQUÊNCIAS.
Contudo, o que me levou a escrever sobre o Acaso? Este artigo é o de número 1.060, escrito no dia em que comemoro 60 anos de idade, hospedado em um quarto de hotel de número 1.060. Escrevo pela certeza do equívoco do refrão, mas em mesmo nível de importância, para todos nós, da prática dos outros versos:
“Devia ter amado mais, ter chorado mais. Ter visto o sol nascer. Devia ter arriscado mais e até errado mais. Ter feito o que eu queria fazer. Queria ter aceitado as pessoas como elas são. Cada um sabe a alegria e a dor que traz no coração”.
“Devia ter complicado menos, trabalhado menos. Ter visto o sol se pôr. Devia ter me importado menos com problemas pequenos. Ter morrido de amor. Queria ter aceitado a vida como ela é. A cada um cabe alegrias e a tristeza que vier”.
Neste 19º ano de compartilhamento dos artigos dominicais, reafirmo o desejo de independente de graus, cargos ou títulos, continuar servindo os Irmãos com propostas para o Quarto-de-Hora-de-Estudo. Uma lauda para leitura em 5 minutos e 10 minutos para as devidas complementações e salutares questionamentos.
O exíguo tempo é um exercício de objetividade e pragmatismo que visa otimizar os trabalhos e cumprir integralmente o ritual.
Convosco na Fé - Robur et Furor
Fraternalmente
Sérgio Quirino
Minas Gerais Shrine Club
MI GMAdV 33°REAA 33°RB 9°RM MMM Shriner
CT REAL ARCO CT ARCO REAL HRAKTP
PRESIDENTE DO MINAS GERAIS SHRINE CLUB
Contato: 0 xx 31 99959-5651 / quirino@roosevelt.org.br
Facebook: (exclusivamente assuntos maçônicos) Sergio Quirino Guimaraes
Os artigos publicados refletem a opinião do autor exclusivamente como um Irmão Maçom
Os conteúdos expostos não reproduzem necessariamente a ideia ou posição de nenhum grupo, cargo ou entidade maçônica.



