MESTRE DE BANQUETE
Zoroastro foi um profeta persa, nascido 700 anos antes de Cristo. Seus ensinamentos são a base da religião Masdeísta ou Zoroastrismo, que pode ser considerada a primeira religião monoteísta ética da humanidade. As grandes religiões da atualidade incorporaram ou adaptaram muitos de seus conceitos e dogmas.
O eterno dualismo dos aspectos que envolvem a sociedade promove o desequilíbrio na construção de uma humanidade mais feliz. A solução é, pois, trabalharmos para que o Bem esteja acima do Mal.
Nesse sentido, o que deve nos guiar é o triplo princípio de boa mente, boas palavras e boas ações, visto que é pela conduta moral que o homem pode elevar-se e sempre se colocar na condição de obreiro: “O que lavra a terra com dedicação tem mais mérito religioso do que poderia obter com mil orações sem nada fazer”.
Posto isso, como tais considerações se relacionam com a Maçonaria e com o nosso tema? Zoroastro iniciava seus trabalhos ao meio-dia e os terminava à meia-noite. Porém, antes de se despedirem, todos se reuniam em banquete.
Por quê? A resposta, todos nós sabemos! É no ambiente de comensais, de forma descontraída, sob os influxos de sabores, aromas e música, que nos desarmamos, relaxamos e consolidamos a fraternidade.
A Loja deve ter, sim, alguém responsável pelos “Banquetes”, e, sendo politicamente incorreto, escolham um Irmão gordinho – ele sabe das coisas. Brincadeiras à parte, é verdade! Assim como o Mestre de Harmonia deve ter experiências musicais, o Mestre de Banquete deve ter uma “bagagem” gastronômica para sugerir aos irmãos pratos e locais que colaborem para a missão da ágape que consolida a irmandade.
O Banquete Maçônico é, em âmbito histórico, uma sessão obrigatória de uma Loja Simbólica. O evento não é apenas para comer e beber, é uma atividade instrucional.
Sendo assim, é preciso esclarecermos alguns aspectos. O fato de se chamar Banquete Maçônico não se vincula ao que se vai “demolir”. Cada Loja dispõe de um determinado orçamento para o evento e dentro dele é que se compra o que será compartilhado entre os Irmãos.
Do ponto de vista profano, compreendemos banquete como uma refeição aparatosa, o que vai justamente em desencontro aos princípios maçônicos da humildade.
BANQUETE MAÇÔNICO É UMA REFEIÇÃO SOLENE,
FESTIVA, NA COMUNHÃO DE VALORES.
Cabe ao Mestre de Banquete estar atento às oportunidades para a formação de uma LOJA DE MESA: Equinócios e Solstícios, abertura e encerramento dos trabalhos da Loja durante o ano e o aniversário de fundação.
De fato, tudo dependerá de agenda e recursos financeiros, MAS UM VENERÁVEL MESTRE NÃO PODE PRIVAR A OFICINA, PELO MENOS UMA VEZ EM SUA ADMINISTRAÇÃO, DAS INSTRUÇÕES PASSADAS DURANTE O BANQUETE.
Sendo o Mestre de Banquete o responsável pela alegria causada pelos sentidos do paladar, do olfato e da visão, deve ter a sensibilidade de que um cafezinho ou tè, assim como biscoitinhos ou bolo, além de manterem despertos os Irmãos na Sessão, também servirão de instrumentos de aproximação e afago antes e depois da reunião.
A questão dos custos é facilmente equacionada e se, por questões de logística, o Mestre de Banquete ver-se impossibilitado de dispor o “lanchinho” para a Loja, algum fraterno Irmão poderá levar uma garrafa de café e, no caminho, passar em uma padaria, e esse bondoso Irmão não precisa ser gordinho.
Neste 19º ano de compartilhamento dos artigos dominicais, reafirmo o desejo de independente de graus, cargos ou títulos, continuar servindo os Irmãos com propostas para o Quarto-de-Hora-de-Estudo. Uma lauda para leitura em 5 minutos e 10 minutos para as devidas complementações e salutares questionamentos.
O exíguo tempo é um exercício de objetividade e pragmatismo que visa otimizar os trabalhos e cumprir integralmente o ritual.
Convosco na Fé - Robur et Furor
Fraternalmente
Sérgio Quirino
Minas Gerais Shrine Club
MI GMAdV 33°REAA 33°RB 9°RM MMM Shriner
CT REAL ARCO CT ARCO REAL HRAKTP
PRESIDENTE DO MINAS GERAIS SHRINE CLUB
Contato: 0 xx 31 99959-5651 / quirino@roosevelt.org.br
Facebook: (exclusivamente assuntos maçônicos) Sergio Quirino Guimaraes
Os artigos publicados refletem a opinião do autor exclusivamente como um Irmão Maçom
Os conteúdos expostos não reproduzem necessariamente a ideia ou posição de nenhum grupo, cargo ou entidade maçônica.