MESTRE DE CERIMÔNIAS
Talvez seja temerário, eu, como Mestre de Cerimônias da ARLS Presidente Roosevelt 025, escrever este artigo. Isso porque, de modo inevitável, irei expor meu amor pelo cargo. E não adianta tentar me corrigir, dizendo que seria “paixão pelo cargo”, pois............................ . Além de lentamente conseguir vencer minhas paixões, mas rapidamente submeter minha vontade, plagiarei o rei Roberto Carlos:
“Diferente da paixão
O amor é um sentimento
Está acima da razão
E do passar do tempo.”
Em âmbito físico, compreendemos amor como o sentimento de carinho e demonstração de afeto entre os seres. Todavia, do ponto de vista espiritual, o amor é uma emoção que nos leva a desejar e trabalhar para o bem e o sucesso de pessoas, locais e situações.
Há duas versões no Livro da Lei para 1 Coríntios 13:13: “Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e a caridade, estas três; mas a maior destas é a caridade” ou “Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três; mas o maior destes é o amor”. Mas por que isso?
Porque o cerne de ambas as traduções está no doar-se, e é isso que um Mestre de Cerimônias deve fazer em prol dos Irmãos e da Loja. Doar-se, entregar-se aos labores, servir.
Sendo a Loja um pequeno mundo, o Mestre de Cerimônias deve ser um homo universalis, que é um termo renascentista para designar uma pessoa bem-educada e que atua em vários labores.
Por ser um polímata, é mister que conheça o ritual, uma vez que, durante as cerimônias, sobretudo nas Sessões Magnas, deve estar atento ao cerimonial e, se necessário for, atuar dando suporte aos demais Oficiais e Dignidades.
PARA QUE TUDO OCORRA J&P, O MC DEVE ESTAR “UM PASSO À FRENTE”.
No Rito Moderno, a Joia do cargo é um triângulo equilátero, com um interessante simbolismo. É como se cada haste/lado representasse, ao mesmo tempo, a obrigação e o resultado do trabalho do Mestre de Cerimônias: Equilíbrio, Harmonia e União.
Já no Rito Escocês Antigo e Aceito, nossa Joia é uma Régua, e não Sapatos.
Neste ponto, entrarei em uma seara que pode causar certo melindre em meus pares Mestres de Cerimônias. Nós temos a prerrogativa de caminhar durante os trabalhos. Caminhar é percorrer um caminho. Todo caminho tem um lugar de partida e um lugar de destino. Todo caminhar tem um propósito.
Assim, o Mestre de Cerimônias não deve ficar andando pela Loja, colhendo assinatura com prancheta, distribuindo certificado de presença, levantando-se para cumprimentar visitantes.
Apesar das boas intenções, querendo ou não, ele desvia a atenção, quebra a harmonia, rompe o equilíbrio entre o que se fala e o que deveria ser ouvido, além de causar desconforto e quebra da união de propósito entre os presentes.
Triste, pesada, mas verdadeira a frase: “A estrada para o inferno é pavimentada de boas intenções”.
Neste 19º ano de compartilhamento dos artigos dominicais, reafirmo o desejo de independente de graus, cargos ou títulos, continuar servindo os Irmãos com propostas para o Quarto-de-Hora-de-Estudo. Uma lauda para leitura em 5 minutos e 10 minutos para as devidas complementações e salutares questionamentos.
O exíguo tempo é um exercício de objetividade e pragmatismo que visa otimizar os trabalhos e cumprir integralmente o ritual.
Convosco na Fé - Robur et Furor
Fraternalmente
Sérgio Quirino
Minas Gerais Shrine Club
MI GMAdV 33°REAA 33°RB 9°RM MMM Shriner
CT REAL ARCO CT ARCO REAL HRAKTP
PRESIDENTE DO MINAS GERAIS SHRINE CLUB
Contato: 0 xx 31 99959-5651 / quirino@roosevelt.org.br
Facebook: (exclusivamente assuntos maçônicos) Sergio Quirino Guimaraes
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