MESTRE DE HARMONIA
Por meio do cerimonial de exaltação, o Companheiro alcança a plenitude dos deveres maçônicos. Alguns hão de questionar, dizendo que é alcançada a plenitude dos direitos, pois somente como Mestre o Obreiro pode aspirar a cargos em Loja.
Todavia, onde está escrito que ocupar cargos é um direito? É um dever!
Maçons não se reúnem para lazer ou descanso; reunimo-nos para o labor. Não nos reunimos em associações recreativas, mas em Lojas (locais de trabalho) e não usamos equipamentos, mas sim ferramentas.
A mais honrosa insígnia do Maçom não são medalhas, comendas ou diplomas. É o avental, emblema do trabalho, o qual indica que devemos ser ativos e laboriosos. Dessa forma, o Maçom tem que quebrar pedra – trabalho árduo, cansativo e desgastante.
Há, porém, um lenitivo DURANTE os trabalhos. Algo que, na maioria das vezes, é percebido apenas pelo sentido físico e ultrapassa a sensibilização material causada pelas ondas sonoras.
Decerto estamos falando da sonorização dos trabalhos, e há algo interessante e uma sutil mensagem no título do cargo. Em alguns ritos, a função é exercida pelo Musicista. Em outros, o título de Organista. Contudo, no Rito Escocês Antigo e Aceito, temos o Mestre de Harmonia.
Conforme mencionado, ao galgar o Grau de Mestre, o Irmão deve se disponibilizar a exercer um dos 22 cargos em Loja. No entanto, já se deram conta de que apenas quatro desses cargos carregam o título de Mestre.
Venerável Mestre, Mestre de Cerimônias, Mestre de Harmonia e Mestre de Banquetes. Não existe Mestre Orador, Mestre Experto, Mestre Diácono. Nosso líder deve nos inspirar, ser um Mestre respeitabilíssimo; já os outros três Mestres devem, com maestria, cerimoniar, harmonizar e celebrar.
A FUNÇÃO DO MESTRE DE HARMONIA NÃO É PRODUZIR SONS,
É DISPONIBILIZAR VIBRAÇÕES.
Existem sete notas musicais diferentes, e a combinação delas gera harmonia. A raiz desta palavra remete a “harmos”, que significa juntar, ligar e encaixar, e “harmonía”, do grego, transmitindo a ideia de união e ordem. Em nosso caso, ela deve encher o ambiente do Templo, com ondas sonoras oriundas de aparelhos elétricos ou de instrumentos musicais tocados ao vivo.
Sendo um Mestre de Harmonia, o Obreiro deve se dedicar com antecedência ao preparo do repertório ou, na palavra dos jovens, da playlist, estudando quais acordes condizem com o momento ritualístico e, por que não, manter uma música ambiente em tom que não se destaque, mas que inunde o espaço com as vibrações e equalize o tempo vivido em vivências.
A Harmonia vai além da reunião de sons que são agradáveis aos ouvidos; ultrapassa o equilíbrio entre elementos que resultam em uma sensação aprazível. É uma condição de paz, advinda das ações de todos. No plano imaterial dos labores maçônicos, é fundamental um Maestro Congruente.
Pitágoras seria um grande Mestre de Harmonia, como se constata em https://www.youtube.com/watch?v=66l6MBQgcRg.
Neste 19º ano de compartilhamento dos artigos dominicais, reafirmo o desejo de independente de graus, cargos ou títulos, continuar servindo os Irmãos com propostas para o Quarto-de-Hora-de-Estudo. Uma lauda para leitura em 5 minutos e 10 minutos para as devidas complementações e salutares questionamentos.
O exíguo tempo é um exercício de objetividade e pragmatismo que visa otimizar os trabalhos e cumprir integralmente o ritual.
Convosco na Fé - Robur et Furor
Fraternalmente
Sérgio Quirino
Minas Gerais Shrine Club
MI GMAdV 33°REAA 33°RB 9°RM MMM Shriner
CT REAL ARCO CT ARCO REAL HRAKTP
PRESIDENTE DO MINAS GERAIS SHRINE CLUB
Contato: 0 xx 31 99959-5651 / quirino@roosevelt.org.br
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Os artigos publicados refletem a opinião do autor exclusivamente como um Irmão Maçom
Os conteúdos expostos não reproduzem necessariamente a ideia ou posição de nenhum grupo, cargo ou entidade maçônica.