NA MAÇONARIA, É ASTROLOGIA OU ASTRONOMIA?

Esse é um tema um pouco complicado em razão da mistura de conceitos e distorções encontradas na conceituação desses conhecimentos.

No mundo comum ou profanamente, .................... Melhor nem dizer profanamente, pois há os que divinizam ou cientificam a Astrologia. Então nos ateremos aos verbetes do Dicionário Michaelis:

“Astrologia – as·tro·lo·gi·a, sf: Estudo e prática de prever e revelar a influência dos astros no destino dos homens, nos acontecimentos terrestres e nos fenômenos atmosféricos.”

“Astronomia – as·tro·no·mi·a, sf: Ciência que estuda a constituição e o movimento dos astros, suas posições relativas e as leis dos seus movimentos”

A primeira pergunta que surge é: qual é a instrução maçônica que nos ensina a “prever e revelar a influência dos astros no destino”? A resposta é: não existe!

Já a segunda pergunta é: qual é a instrução maçônica que nos ensina a “constituição e o movimento dos astros”? A resposta é: não existe!

Portanto seria correto afirmar que não há estudo astrológico e astronômico na Maçonaria? Sim! PORÉM, os estudos maçônicos baseiam-se em símbolos e alegorias de vários ramos do conhecimento humano.

Da mesma forma que as ferramentas dos pedreiros nos remetem a valores e conceitos para além de sua utilização profissional, devemos atenção a esses dois conhecimentos.

O Sol, a Lua, Mercúrio, Vênus, Marte, Júpiter e Saturno da Astronomia, associados aos signos Áries, Touro, Gêmeos, Câncer, Leão, Virgem, Balança, Escorpião, Sagitário, Capricórnio, Aquário e Peixes da Astrologia e aos quatro elementos da natureza – Fogo, Terra, Ar, Água –são fontes quase inesgotáveis para o estudo alegórico dos comportamentos do gênero humano em sociedade.

Observe, na Abóbada Celeste, as três estrelas de Órion, as cinco das Híadas e as sete ou mais que formam as Plêiades. Assim, vamos muito mais além dos nomes dos astros, à procura de entendermos o simbolismo de suas posições.

Ao contemplarmos nossas colunas, devemos compreender a analogia de que, em todo início, precisamos ser como o carneiro de Áries, que “entra de cabeça”, ser aguerrido como Marte e ter o ardor iniciático do Fogo.

NÃO HÁ QUE SE DETERMINAR SE DEVEMOS OU NÃO ACREDITAR NAS PREVISÕES ASTROLÓGICAS, ASSIM COMO NÃO HÁ A OBRIGATORIEDADE DE NOS ESPECIALIZARMOS EM ASTRONOMIA. CONTUDO, O MAIS SELVAGEM DOS HOMENS COMPREENDE QUE NÃO PODE EXISTIR POR SI MESMO, QUE ALGUÉM DEVE TER CRIADO A TERRA SOB SEUS PÉS E O CÉU SOBRE SUA CABEÇA. ADMITE, ENTÃO, A EXISTÊNCIA DE UM CRIADOR INCRIADO, RENDE-LHE TOSCO, MAS SINCERO CULTO, PROCURANDO DESVENDAR OS CÓDIGOS ESCRITOS NO PASSADO, LIDOS NO PRESENTE E A SEREM VIVIDOS NO FUTURO.

O que há de mais belo em nossos labores é a reflexão provocada pela especulação que fazemos diante de tudo o que nos cerca.

Finalizo com uma terceira pergunta: os Maçons se reúnem em uma Loja Simbólica ou em uma Loja de Símbolos?

Neste ­17º ano de compartilhamento de instruções maçônicas e provocações para o enlevo moral e ético dos Irmãos, permanecemos no nosso propósito maior de disponibilizar uma curta reflexão a ser discutida em Loja. O Ritual não pode ser delapidado. A Ritualística deve ser seguida integralmente. O Quarto-de-hora-de-estudo é fundamental em uma sessão Justa e Perfeita.

Sinto muito, me perdoe, sou grato, te amo. Vamos em Frente!

Fraternalmente
Sérgio Quirino
Contato: 0 xx 31 99959-5651 / quirino@roosevelt.org.br
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