O CARVÃO NA MAÇONARIA


No artigo anterior tratamos do Giz e seus símbolos e prometemos falar sobre o Carvão.

Assim como o Giz, o Carvão também pode ser usado para traçar pontos e linhas. A diferença é que o desenho e a escrita com carvão não podem ser removidos tão facilmente como o giz.

O Giz simbólico remete ao valor da liberdade. O movimento livre e suave de quem o manuseia traça o destino de uma vida.

O símbolo do Carvão nos encaminha ao entusiasmo em alto grau. Esta alegoria é belíssima e carregada de extrema verdade simbólica.

Qual é a principal utilidade do carvão no plano material?

Ser fonte de calor! Fazer arder! Fazer ferver!

E no plano simbólico, qual é a função do carvão?

Ser fonte de amor! Ter zelo ardente! Trabalhar com fervor!

Assim como o carvão, nós Maçons, quando apropriadamente inflamados, irradiamos esta energia aos que nos ombreiam e, desta forma, transformamos nossas Oficinas em grandes fornalhas.

NO GRAU DE FERVOR AOS VALORES DA ORDEM
É QUE MEDIMOS A TÊMPERA DO MAÇOM

Somos ou, pelo menos, deveríamos ser muito conscientes da necessidade do uso do malho e do cinzel na transformação da Pedra Bruta em Pedra Polida, apta à edificação. E se essa “pedra bruta” for um minério qualquer, ferro ou bronze, o processo será o mesmo?

A transformação do minério de ferro bruto em estruturas de aço polido se inicia em forjas a carvão. Todo o processo se dá em alta temperatura com trabalho pesado e incessante.

Há ainda muito o que estudar sobre a mística alegórica e esotérica da transformação dos metais. Comumente, nos limitamos a ligações simplistas do Obreiro com pedras. Mas é bom lembrar que o Mestre Hiram Abiff era metalúrgico.  

“O Rei Salomão enviara mensageiros a Tiro e trouxera Hiram, filho de uma viúva da tribo de Naftali e de um cidadão de Tiro, artífice em bronze. Hiram era extremamente hábil e experiente e sabia fazer todo tipo de trabalho em bronze. Apresentou-se ao rei Salomão e fez depois todo o trabalho que lhe foi designado.” 1 Reis 7:13 (Bíblia Oxford Anotada)

Com Fervor e Zelo, Hiram Abiff, entre outras obras, deixou sua marca nas Colunas “J” e “B” e no Mar de Bronze

NÃO É SÓ NA PEDRA FRIA QUE DEVEMOS MALHAR.
MUITAS VEZES É NECESSÁRIO O CALOR ABRASADOR
PARA DAR A FORMA À MATÉRIA.

Atingimos quinze anos de compartilhamento de instruções maçônicas. Nosso propósito fundamental é incentivar os Irmãos ao estudo, à reflexão e tornar-se um elemento de atuação, um legítimo Construtor Social.

Sinto muito, me perdoe, sou grato, te amo. Vamos em Frente!

Fraternalmente
Sérgio Quirino
Grão-Mestre - GLMMG 2021/2024