O MAÇOM NÃO PODE ERRAR.......

De fato, o título está errado. Então errei! Agindo assim, vou contra o que enuncio?

A provocação desta semana não está no erro, mas no que nos leva a errar. Afinal, errar é inerente ao humano em evolução, porém a reincidência do erro nos conduz à condição de humanos em involução.

A lista de sinônimos da palavra “erro” já nos apresenta a facilidade de ele ocorrer: falhas, imprecisões, imperfeições, defeitos, enganos, equívocos, descuidos, lapsos, confusões, desacertos, deslizes, escorregadelas, inadvertências, desvios, pecados, crimes, faltas, desregramentos, discrepâncias, discordâncias e, creio o pior de todos os erros, a desigualdade.

Interessante que o conceito matemático de erro é a “diferença entre o valor exato de uma grandeza e o valor dado por uma medição”. Maçonicamente, na leitura dessa frase, compreendemos que nem sempre a NOSSA Régua de 24 Polegadas tem a graduação necessária ou adequada para aferirmos determinadas situações ou pessoas.

Em suma, no cerne da palavra e de seu uso fica claro que ocorre uma intemperança, e esta é o resultado da ausência de equilíbrio, da falta de proporção de ações e reações.

A Filosofia avança ao encontro da gênese do erro ao instruir que se trata de um ato ou um estado do espírito que julga como verdadeiro o que é falso ou vice-versa.

Assim, entramos realmente no tema “O Maçom não pode errar...”, com base no entendimento de que o erro não é uma ação, mas o resultado de um julgamento, e que um possível obscurantismo resulta em uma vida viciada.

O MAÇOM NÃO PODE ERRAR... POR ISSO, A NECESSIDADE DE SABER JULGAR.

Decerto causei arrepios aos que entenderam que devemos ser juízes e que julgamentos são exercícios de condenação. Contudo não tenho essa intenção.

Julgar é tomar decisões, ter um ponto de vista, uma conduta, pois sábia é a instrução que diz que o Maçom deve, em Loja, aprender a submeter sua vontade pessoal e, desse modo, conduzir a vontade ao espírito coletivo.

Sendo assim, compreendemos que o que realmente importa não é o erro, mas sua origem, seja a vaidade, a arrogância ou a ignorância. Se não descoberta a tempo, torna-se um vício, aviltando o Maçom.

Por isso, o Maçom não pode errar! Ou pelo menos deve saber bem manusear o cinzel e o malho simbólico das energias, sendo a energia passiva seus pensamentos e a energia ativa, suas ações, recordando, portanto, que um pensamento errado resulta em uma ação errada.

Moralmente o erro é o afastamento do que é honesto, daquilo que é justo e sábio.

Como, então, errar menos? Compreendendo que:

A COLUNA DA BELEZA RESPLANDECE ATRAVÉS DA HONESTIDADE,
A COLUNA DA FORÇA É O ESTEIO DA JUSTIÇA, E A
COLUNA DA SABEDORIA SE CONSOLIDA PELO DISCERNIMENTO.


Neste ­17o ano de compartilhamento de instruções maçônicas e provocações para o enlevo moral e ético dos Irmãos, permanecemos no nosso propósito maior de disponibilizar uma curta reflexão a ser discutida em Loja. O Ritual não pode ser delapidado. A Ritualística deve ser seguida integralmente. O Quarto-de-hora-de-estudo é fundamental em uma sessão Justa e Perfeita.

Sinto muito, me perdoe, sou grato, te amo. Vamos em Frente!

Fraternalmente
Sérgio Quirino
Grão-Mestre - GLMMG 2021/2024
Contato: 0 xx 31 99959-5651 / quirino@roosevelt.org.br
Facebook: (exclusivamente assuntos maçônicos) Sergio Quirino Guimaraes Guimaraes
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