O Maçom se ajuda entre si? Viver na maçonaria enriquece?

 

 

 

A instituição maçônica é regida ritualisticamente por um rito. Mas afinal, que é o rito? 

Rito vem da palavra latina ritus, que era utilizada para designar a ideia de formalismo ou de algo convencional. As práticas antigas eram promovidas nesses atos formais ou convencionais, para que ficassem gravadas na imaginação. Os governantes procuravam imprimir gestos, cores, sinais, símbolos, palavras e sons, para criar condicionamentos uniformes na realização das práticas coletivas, que formam o RITO.

A maçonaria é uma organização que foi criada na França em época de crise nas construções, "maçom" significa 'pedreiro', então, eles se ajudavam entre si, indicando clientes um para o outro e assim sucessivamente. Foi devido à ajuda mútua que os maçons se protegiam das mendicâncias, daí o mito de que quem se torna maçom fica rico, e tantas outras falsas historietas...

Com o passar dos tempos, passagem da maçonaria especulativa para operativa, muitas mudanças surgiram, e hoje, com uma maçonaria moderna, segundo os princípios básicos para uma prosperidade: a chave é à vontade. A energia da vontade é a energia mais poderosa da criação.  Mentalizar, desejar, criar em sua mente e soltar.

No ritual da Grande Loja do Estado de Mato Grosso do Sul, pelo qual faço parte diz o seguinte:

... A maçonaria não é uma sociedade de auxílios mútuos.  Ela tem responsabilidades e deveres para com a sociedade, a pátria e a humanidade. Preocupada com o progresso e adstrita aos princípios de uma severa moral, assisti-lhe o direito de exigir de seus adeptos o cumprimento de sérios deveres, além de enormes sacrifícios.

Com certeza a maçonaria não é uma sociedade de auxilio mútuo. Mas então, para que usar adesivos? Broches, sinais de socorros etc? Só para dizer que somos maçons? Acredito que deve haver sim entre os maçons um preceito básico de ajuda mútua entre nós, seja qual for a necessidade. Uma forma de serem reconhecidos principalmente entre nós sem precisar gritar por aí que somos maçons.

‘Esta característica da Maçonaria, a par com o seu secretismo, é das que mais suscitam a desconfiança do mundo "profano" - como os maçons designam os não-maçons. Pois se os "irmãos" têm a obrigação de se ajudarem ao longo da vida, o que se passa quando já não se trata de precisar de emprego, mas de ajuda para conquistar uma posição de poder numa grande empresa, ou no Governo?

 

O problema não está no secretismo da Maçonaria. O problema está no dever de lealdade para com os irmãos maçons que é imposto também fora da Loja Maçónica. E se é membro de uma Loja Maçónica sem motivações egoístas (procurar o benefício próprio), então o maçom só tem uma opção: evitar colocar-se na posição de a sua lealdade para com os seus “irmãos” entrar em conflito com o seu dever para com o Estado. Isso implica não aceitar qualquer cargo público ou, aceitando-o, revelar à partida quais são as suas lealdades “extra-Estado” e comprometer-se para com quem o nomeou a não intervir quando houver conflito de “lealdades”.

Em um país como o nosso, que oscila constantemente de alto e baixos economicamente, é possível que maçons também venham a ter problemas financeiros e venha precisar de ajuda. Então, ele só serve quando está em boa situação? Não podemos ser abandonados igual moléculas que retornam ao ponto zero e posteriormente voltando ao vácuo. Somos como pilares nos quais os três perfeitamente alinhados ao nível e padronizados, devemos conquistar e ser conquistados.

A riqueza ou prosperidade financeira é consequente de um conjunto de elementos pelos quais praticados de modo disciplinado resultando em bons resultados e isto acontece dentro da nossa instituição. Independente da ordem. Encontraremos as chaves e iluminar as portas em qualquer lugar em que você trabalhe, façamos as coisas direito, fazendo caridade, filantropia, você prospera e isto fazemos, fazemos com a mão direita, que a esquerda não veja, por isso que alguns enriquecem.

Tudo é possível e parte de três princípios:

Condição - oportunidade   - habilidade.

Na busca incessante da sua verdadeira identidade, nesta terra do exílio, o homem hoje se reconhece sombra por sua densidade corporal e se reconhece a luz “porque é aquele que traz em si o que é maior do que ele”. Este é o ensinamento do Marinista. Mas quantos seres percebem a centelha luminosa que brilha em seu interior? O homem deve necessariamente tomar consciência da essência divina em si.

Partindo destes princípios, desde quando iniciado, sou ajudado mais pelos amigos (profanos), que pelos próprios irmãos. 

José Valdecir Sousa Martins

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.

Disponível em: https://bibliot3ca.com/quais-sao-os-ritos-maconicos/ > Acesso em 19 de dez. 2019.

Disponível em: <https://www.publico.pt/2012/01/12/jornal/a-sensacao-de-poder-na--maconaria-segundo-jose-manuel-anes-23769528> Acesso em 22 de jan. 2020