O País está doente

 

O Brasil está doente não só por conta da dengue, da chikungunya, da febre amarela e de outras mazelas do gênero, sem contar as condições da saúde púbica, sempre na UTI das promessas governamentais. 

 

O Brasil sofre hoje, de grave doença psíquica, cuja sintomatologia é a agressividade e a intolerância de uns para com os outros de mãos dadas com a violência e a passividade de outros tantos. A doença perpassa o tecido social, e envolve os poderes políticos. As causas deitam raízes na incerteza do amanhã e na reprisada e repaginada questão da corrupção sem fim, como o novelo de Ariadne.

 

E a violência, explicita ou oculta, oficial ou oficiosa, é a contrafazer do quadro de esquizofrenia vivido pelo País, pois onde há paz e confiança no futuro, não há lugar para a barbárie. Os criminosos já não se contentam em matar a vítima, mas querem violentá-la, esquartejá-la atingi-la co paus e pedra, como fizeram com Dandara.

 

Não será isso prova cabal de uma sociedade doente? Isso sem contarmos com as outras violências geradas nos laboratórios oficiais. Diante de tal quadro, cabe-nos perguntar: para onde vamos? Vamos em busca de horizontes de luz, ou vamos para as trevas da ignorância?

 

Quem cursou Direito já não entendeu as lições ontem aprendidas, pois a prática agora é outra. Constitucionalistas renegam o passado, e ensinam lições novas. Vão contra os princípios antes defendidos. E a confusão se estabelece no comando porquanto ninguém sabe quem manda e quem obedece. E a nave vai, como um barco à deriva, com a sua imensa legião de aflitos, todos se perguntando: para onde vamos, afinal?

 

Eduardo Fontes

Jornalista e administrador

Fonte: diariodonordeste.verdesmares.com.br