O Trono

Não importando o grau que a Loja Maçônica esteja reunida, teremos o Templo Maçônico sempre composto de três Tronos.

Relacionamos: o primeiro do Venerável Mestre, o segundo do Primeiro Vigilante e o terceiro do Segundo Vigilante.

Muitas das vezes estas informações nos geram confusões, até porque: declaro ter aprendido como sendo Altares.

Entretanto na busca elucidar tais duvidas fui a campo pesquisar sobre o tema, ora proposto e, encontrei desconexão ao chamarmos de Altares.

Os verdadeiros Altares são:

O “ARA”, onde é aberto o Livro Sagrado / da Lei.
“Dos Perfumes”, onde é oferecido incenso.
Eventos relatam que alguns irmãos os consideram sinônimos: “Altares & Tronos” o que dissinto.

Aprofundando os estudos e lendo as Sagradas Escrituras, encontramos enumeras referências aos Altares e aos Tronos, sendo que os primeiros, sempre se referem aos sacrifícios.

Sobre Altares encontramos os exemplos:

Gênesis (8 – 20): “Edificou Noé um altar ao Senhor; e tomou de todo o animal limpo, e de toda ave limpa, e ofereceu holocaustos sobre o altar”.

Apocalipse (11– 1): “E foi-me dada uma cana semelhante a uma vara; e chegou o anjo, e disse: Levanta-te, e mede o Templo de Deus, e o Altar, e os que nele adoram”.

Sobre Tronos encontramos os exemplos:

Gênesis (41–40): “O Faraó põe José Governador do Egito: Tu estarás sobre a minha casa, e por tua boca se governará todo o meu povo; somente no Trono serei maior que tu”.

Apocalipse (22 – 3): “Ali nunca mais haverá maldição contra alguém; e nela estará o Trono do Deus e do Cordeiro, e os seus servos o servirão”.

Com foco nestas elucidações -, constituo mencionar que: nos Tronos (sentam) os que têm autoridades, enquanto que nos Altares (ninguém senta).

Portanto, trazendo estas visões para os nossos Templos atuais: estabeleço que o Trono não se resume em uma “poltrona”, mas sim! no conjunto que atêm o Venerável Mestre e os Vigilantes –, composto de poltronas e mesas, que em geral tem a forma triangular.

Salientamos que não existem disposição obrigatória quanto ao formato da mesa, ser triangular ou retangular.

Importante saber que o Trono apresenta outra particularidade: a de que deve repousar sobre um estrado com as seguintes propriedades.

Do Venerável Mestre, contém sete degraus
Do Primeiro Vigilante, contém dois degraus
Do Segundo Vigilante, contém um degrau
No entanto, às vezes não os vemos em nossos Templos Maçônicos com estas referências.

Extraordinário é entender que os Tronos se completam com os objetos existentes sobre a mesa. Esclarecemos que as mudanças dos objetos sobre a mesa seguem as orientações do grau em que Loja Maçônica esteja trabalhando.

No aspecto esotérico

O Trono significa o próprio homem posto em dignidade.

Quando um maçom é eleito para um cargo em Loja, às vezes refuta a iniciativa de seus pares não dando conta de que, a ocupação de um cargo, significa uma elevação espiritual de grande magnitude.

Todos Veneráveis Mestres e Vigilantes devem ter consciências de suas posições e têm as obrigações para consigo próprio de cumprirem com “Fidelidade”, as missões que lhes são proporcionadas, recebendo-as com alta distinção; aqueles que descuidarem, obviamente sofreram as consequências de suas indolências.

Dizem as Profecias: “O Trono de DEUS é o céu, e Jerusalém será seu Trono”.

O Venerável Mestre representa o Sol em seu nascimento (ressurgimento diário). O Sol não morre, simplesmente, se põe, para na manhã seguinte retornar com sua luz e calor.

Por isto, está o Venerável Mestre retornando com a sua luz e calor espirituais, a cada vez que abre os trabalhos de uma Loja Maçônica.

“O Sol é fonte de luz de vida. O espetáculo do nascer do Sol ofusca o brilho da natureza, pela beleza e esplendor dos seus raios”.

O Primeiro Vigilante representa o Sol na plenitude de sua trajetória; e o “Sol do Meio Dia”, da verticalidade e da intensidade calorífica é a sabedoria, a ciência e a virtude.

Portanto assegura-se que sobre a luz do Sol, pode-se trabalhar e que a vida continua provinda da primeira esperança da aurora e a segurança de continuidade.

“É o equilíbrio que está na balança / libra, a estabilização dos meios, o fiel de todo o trabalho”.

O Segundo Vigilante representa, ainda, o mesmo Sol, porém em seu descenso para o ocaso, quando a sua luminosidade vai se atenuando, silencioso e obedecendo a um cronograma pré-estabelecido pela natureza. É a amenização do Calor que não abrasa, mas que dá refrigério.

Assim a Loja Maçônica será comandada dos seus Tronos pelas três luzes ou os três sóis.

Conclusão

Conclamo aos irmãos que diante deste simples trabalho busquem horizontes na construção do conhecimento; também estimulá-los a intensos estudos ao tema do “Título”.

José Amâncio de Lima

Mestre Maçom (Instalado) da ARLS∴ "Estrela de Davi II" Nº 242 – GLMMG, Oriente de Belo Horizonte. 

É membro da Academia Mineira Maçônica de Letras

Oriundo do Blog: https://opontodentrocirculo.com/