Os 300 anos da Maçonaria

 

  Existe no mundo aproximadamente 3,5 milhões de maçons espalhados pelos cinco continentes, o que corresponde a menos de 0,50% da população mundial (7,5 bilhões). Este número já foi bem superior. Só nos Estados Unidos, em 1965 tinha mais de 3,5 milhões, hoje não passa de 1,5 milhões. A evasão tem sido tema estudado por comissões especiais que procuram identificar a razão desse declínio, para que possa reverter essa tendência.

 

  Ao longo de sua história a Maçonaria enfrentou oposição do chamado “mundo profano”, principalmente or seu caráter sigiloso, reservado e secreto. Nos dias atuais a Maçonaria já se  apresenta como uma sociedade “discreta”, participando efetivamente da construção da sociedade civil.

 

 Os Estados Unidos da América é o país com o maior número de maçons regulares, 1,4 milhões, o que representa algo em torno de 0,45% da sua população de 330 milhões. Enquanto a Russia registra o menor percentual de maçons 0,0003% da população, ou seja: 418 maçons para 140 milhões de russos. A Inglaterra, onde a Maçonaria atual nasceu, conta com mais ou menos 200 mil maçons, para uma população em torno de 55 milhões (0,37%). O Brasil, considerando os 3 grupos regulares da Maçonaria: Confederação da Maçonaria Simbólica do Brasil, Grande Oriente do Brasil e Confederação Maçônica do Brasil, conta com menos de 300 mil maçons, o que representa algo em torno de 0,14% da sua população que está em torno de 209 milhões de habitantes.

 

  Presente em mais de 200 países, a Maçonaria resiste à sua universalização de propósitos, pelo simples fato de florescer em seu seio disputas pelo poder, manifestações partidárias alheias ao seu fim, com foco na intervenção política no Estado; distorções de mal gosto infiltrada em seus rituais anula o verdadeiro sentido de quando idealizado.

 

  A Grande Loja de Santa Catarina, nesses 62 anos da sua fundação, tem se mantido fiel aos propósitos originais da Ordem, onde a harmonia e a conciliação de ideais tem norteado seu rumo bem definido em seu atual lema: “Conhecer-se e Aperfeiçoar-se”.

 

  Nesses 300 anos de existência a Maçonaria sempre lutou contra movimentos que pretendiam controlá-la e até suprimi-la, com as investidas sofridas ao longo do século passado por nações de regime totalitário, quando uma elite perversa visava controlar a transmissão do conhecimento.

 

Orlando Reis

Grande Secretário das Relações Exteriores

Grande Loja de Santa Catarina

Fonte: “Chama” - órgão de divulgação da GLSC