Os doze trabalhos de Hércules: 7º trabalho "A captura do Touro de Creta"

Mitologia

No horizonte erguia-se a ilha onde vivia o touro que ele deveria capturar. O touro era guardado por um labirinto que desnorteava os homens mais audazes: o labirinto de Minos, Rei de Creta, guardião do touro.

Cruzando o oceano até à ilha ensolarada, Hércules iniciou a sua tarefa de procurar o touro e conduzi-lo ao lugar sagrado onde habitam os homens de um só olho, os Ciclopes.

De um lugar para o outro ele caçava o touro, seguindo a luz que brilhava na testa do animal. Sozinho ele perseguiu-o, encurralou, capturou e montou, e assim guiado pela luz, atravessou o oceano rumo à terra dos Ciclopes que eram três e chamavam-se Brontes, Esterope e Arges.

É importante observar que Minos, Rei de Creta, o dono do touro sagrado, possuía também o labirinto no qual o Minotauro vivia, e o labirinto tem sido sempre símbolo da grande ilusão. A palavra “labirinto e o touro é um destacado símbolo da grande ilusão. Estava separada do continente, e ilusão e confusão são características do eu-separado, mas não da alma em seu próprio plano, onde as realidades grupais e as verdades universais constituem o seu reino.

Para Hércules, o touro representava o desejo animal, e os muitos aspectos do desejo no mundo da forma, a totalidade dos quais constitui a grande ilusão.

O discípulo, tal como Hércules, é uma unidade separada; separada do continente, símbolo do grupo, pelo mundo da ilusão e pelo labirinto em que vive. O touro do desejo tem que ser capturado, domado e perseguido de um ponto a outra da vida do eu-separado, até ao momento em que o aspirante possa fazer o que Hércules conseguiu: montar o touro.

Montar um animal significa controlar. O Touro não é sacrificado, ele é montado e dirigido, sob o domínio do homem.

Simbologia

Este trabalho está associado ao signo de Touro e a Escorpião. A consumação do trabalho é realizada em Touro, e o resultado da influência deste signo, é a glorificação da matéria
e a subsequente iluminação por seu intermédio.

Tudo o que atualmente impede a glória, que é a alma, e o esplendor que emana de Deus dentro da forma, de brilhar em sua plenitude, é a matéria ou aspecto-forma. Quando esta tiver sido consagrada, purificada e espiritualizada, então a glória e a luz poderão realmente brilhar através dela.

Neste trabalho procura-se vencer o desejo, representado pelo dono da ilha, que tem por alimento a fraqueza daqueles que se perdem, na tentativa de capturar o Touro ou o corpo e que são comandados pelo ego.

Aqui o trabalho de resgate do submundo (Escorpião), representa as pessoas que no passado ficaram ligadas ao desejo e que não trabalharam a forma mas sim a sedução, que não materializaram e se apropriaram das vontades daqueles igualmente dominados pelo ego e e pelo desejo. Ao trazer este desejo à consciência e dominá-lo é ter o poder de vencer os vícios e as forças negativas pelo desejo. Ao trazer este desejo à consciência e dominá-lo é ter o poder de vencer os vícios e as forças negativas.

Caminho de Iniciação

Capturar e domar o Touro de Creta foi o próximo Trabalho confiado à Hércules, protótipo do Homem Solar. O Touro representa os mais profundos impulsos sexuais, passionais, os quais devem ser contidos ou conduzidos de forma produtiva. Hércules pôs-se à frente do animal, segurou-o pelos chifres com muito esforço e, após dominá-lo, montou em seu dorso.

Prender o terrível animal das paixões mais arraigadas da mente humana é uma tarefa gigantesca. Em contrapartida, o Céu de Júpiter é o Nirvana Superior, a morada dos Elohim, as Dominações do esoterismo cristão.

Na Primeira Montanha, o Iniciado deve eliminar da face visível de sua Lua psicológica os elementos ateístas e materialistas. Para isso, desce ao correspondente círculo infernal atômico jupiteriano, onde Dante encontrou os blasfemos, os que odeiam a Deus, os hereges, os tiranos, os legisladores, os maus governantes, os líderes perversos, os maus servidores e todos aqueles que abusaram do poder.

Na Segunda Montanha, o Iniciado precisa descer aos infernos do planeta Júpiter e se defrontar com o terrível e descomunal Touro de Creta antes de poder subir ao correspondente Mundo Celeste, onde vivem os Elohim ou as Dominações, os Hermafroditas Divinos, o Adam-Kadmon, o Primeiro Júpiter.

Fonte: https://goo.gl/IA6k0l

Nesse trabalho, Hércules domou o furioso touro de Creta, ao qual eram oferecidos jovens em sacrifício. Essa tarefa chama a atenção para o controle dos instintos, especialmente da sexualidade. Hércules precisava manter o animal vivo: tinha que domar e governar seu instinto, mas não matá-lo. O Touro representa os mais profundos impulsos sexuais, passionais, os quais devem ser contidos ou conduzidos de forma produtiva.  O touro do desejo tem que ser capturado, domado e perseguido de um ponto a outra da vida, até ao momento em que o aspirante possa fazer o que Hércules conseguiu: montar o touro. Montar um animal significa controlar. O Touro não é sacrificado, ele é montado e dirigido, sob o domínio do homem.

Em um mundo com tantos apelos eróticos e sensuais, esse é um desafio para todos, em especial para os jovens.

Aqui o trabalho de resgate do submundo (Escorpião), representa as pessoas que no passado ficaram ligadas ao desejo e que não trabalharam a forma mas sim a sedução, que não materializaram e se apropriaram das vontades daqueles igualmente dominados pelo ego e e pelo desejo. Ao trazer este desejo à consciência e dominá-lo é ter o poder de vencer os vícios e as forças negativas pelo desejo. Ao trazer este desejo à consciência e dominá-lo é ter o poder de vencer os vícios e as forças negativas.