PARA QUE OS SÍMBOLOS?

A pergunta realmente é essa! E as respostas seriam diferentes se a pergunta fosse: por que os símbolos?

A ideia é transmitir a compreensão da utilização, e não a importância da significação. Vejamos o exemplo do esquadro.

Dos rituais às páginas do Google, o esquadro designa retidão. Entre as variantes filosóficas e herméticas, há o consenso de que, sendo o esquadro resultante de uma linha vertical com uma linha horizontal, sua significação seria que o “homem verticalizado” deve atuar sobre o “homem horizontalizado”.

Homem verticalizado? Homem horizontalizado? Provoquei alguma reflexão?

É esse o propósito! Os símbolos maçônicos não têm função concreta, seja na ritualística, seja na produção de algo material. Não lhes prestamos culto nem eles nos conferem atributos ou poderes.

Nossos símbolos possuem a função de catalizadores de instruções passadas por símbolos gráficos (letras, palavras, frases, textos) para resultar em posicionamentos “justos e perfeitos”, comportamentos de “bons costumes” e ações dignas de “construtores sociais”.

Dessa forma, o símbolo emite uma mensagem subliminar, usada durante o processo de reflexão, que extrapola sua dimensão física. PORÉM, para abarcar completamente esse processo, faz-se necessário que o Maçom queira ir mais longe.

Às vezes, esquecemos informações que nos foram passadas no início da jornada. Sendo assim, é importante relembrar que não devemos nos restringir às explicações que se encontram gravadas nos rituais. Nossos símbolos são visualizados por olhos diferentes, histórias de vida heterogêneas, legados de outras escolas iniciáticas e, até mesmo, do momento emocional em que se vive.

A DÚVIDA É O PRINCÍPIO DA SABEDORIA (Aristóteles)

Falamos sobre a significação do esquadro, ou seja, o seu porquê na Maçonaria. Mas ele não foi criado pela Maçonaria. Ele é uma ferramenta utilizada naquilo que envolve projetos (futuro) e construções (presente).

Há vários tipos de esquadro. Seu uso está em traçar linhas perpendiculares ou inclinadas, medir e traçar ângulos retos. O que mais usamos na Maçonaria é o esquadro de ângulo interno de 90 graus, conhecido matematicamente como ângulo reto. Aí está a mensagem subliminar da retidão.

Contudo, faz-se necessário que o Maçom queira ir mais longe. Utilizar um esquadro é um exercício que provoca interessantes reflexões. Podemos e devemos traçar linhas perpendiculares, sem desvios, e, se tiverem alguma inclinação, ainda assim manter-se-ão íntegras. E quão importante é medir nossos ângulos! Às vezes, podemos estar indevidamente obtusos (abertos) ou agudos (fechados) ao que está traçado em nossa Prancha de Vida.

Mas a maior reflexão está nas diversas formas que podemos colocar o esquadro sobre um plano. Não importa a quais sentidos direciono as pontas do esquadro, seu ângulo interno sempre marcará 90 graus.

ASSIM DEVE SER NOSSA VIDA!
QUANDO NOS “DIRECIONAMOS” AO TRABALHO, AOS ESTUDOS, AO LAZER, À FAMÍLIA,
À SOCIEDADE E À HUMANIDADE, NOSSO INTERIOR DEVE ESTAR FIXO NA RETIDÃO.


Neste ­17º ano de compartilhamento de instruções maçônicas e provocações para o enlevo moral e ético dos Irmãos, permanecemos no nosso propósito maior de disponibilizar uma curta reflexão a ser discutida em Loja. O Ritual não pode ser delapidado. A Ritualística deve ser seguida integralmente. O Quarto-de-hora-de-estudo é fundamental em uma sessão Justa e Perfeita.

Sinto muito, me perdoe, sou grato, te amo. Vamos em Frente!

Fraternalmente
Sérgio Quirino
Grão-Mestre - GLMMG 2021/2024
Contato: 0 xx 31 99959-5651 / quirino@roosevelt.org.br
Facebook: (exclusivamente assuntos maçônicos) Sergio Quirino Guimaraes Guimaraes
Os artigos publicados refletem a opinião do autor exclusivamente como um Irmão Maçom.
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