Permita-se falhar: lá também vive Deus
Quem lhe disse que você tinha que ser perfeito? Em que ponto essa ideia entrou na sua cabeça? A maioria de nós foi educada em uma cultura onde errar era motivo de vergonha, onde fazer papel de bobo era quase uma sentença de morte social, e onde ser vulnerável era como ser fraco.
Mas você sabe? Tudo isso não é verdade em você. São condicionamentos aprendidos e cadeias herdadas. Eles vêm de gerações que também tinham medo. Que também queriam se encaixar, sobreviver, se proteger.
E com as melhores intenções nos passaram essas ideias, mas não por isso são verdadeiras. Vivemos amarrados a um ideal de perfeição que não existe. Uma espécie de imagem congelada do que deveríamos ser.
E esse "deveria" é como uma pedra no sapato: dói, incomoda, mas continuamos a mantê-lo porque somos um pouco como os elefantes que desde bebês os amarram com uma corrente e depois basta colocar uma corda frágil. O importante com um ato de consciência é que você pode decidir não carregar mais essa exigência.
Você pode olhar para sua própria humanidade com ternura e compreensão. Falhar não é apenas parte do caminho, é o caminho, mas esquecemos por das crenças que circulam o tempo todo na realidade "lá fora".
No entanto, a partir de sua verdade interior, você não precisa de perfeição, você já é a perfeição e é necessário que você se mostre como é, com erros, com tropeços, com dias bons e dias escuros.
Porque é assim que se aprende. É assim que se cresce. É assim que também podemos nos tornar inspiração para os outros, e é assim que você adquire sabedoria. Imagine um bebê aprendendo a andar.
Ele cai, ele se levanta, ele cai de novo. E o que você faz se o vir? Você o repreende? Você exige que ele já ande direito? Não. Você o encoraja, celebra, sorri para ele. Porque ele sabe que isso faz parte do processo.
Então, por que não faz o mesmo com você? Por que se punir tão severamente por cada erro? Por que se repete que não é suficiente quando as coisas não saem como eu esperava?
Cada vez que ele se condena por suas falhas, não está obedecendo ao amor divino. Não está ouvindo a Deus. Porque Deus não exige perfeição. Deus o ama em sua totalidade, tal como é, em seu caos e em sua beleza.
Pelo contrário, esse juiz interior que o condena não é Deus, é o ego. Esse que sempre quer estar certo, que tem medo de se machucar, que prefere a prisão do conhecido antes do risco do possível.
Mas você não nasceu para viver em uma prisão. Você nasceu para tentar, para arriscar, para sonhar grande. E quando você se arrisca, é claro que está errado. Mas isso é parte do preço para ganhar. Porque não há triunfo sem tentativa, e não há tentativa sem possibilidade de fracasso. Seja leve, seja gentil consigo mesmo.
Aprenda a esfregar o soco, sacudir a poeira e continuar andando com orgulho. Porque tentou. Porque se lançou. Porque não ficou no canto seguro de "o que teria acontecido se…".
Então, se você caiu, se se sentiu fraco, se fez papel de bobo, bem-vindo ao clube dos bravos! Você está no jogo. Você não veio aqui para obedecer as regras do medo. Veio descobrir o que acontece quando se atreve. E muitas vezes, o que acontece, acredite, é milagroso.
Toño Esquinca
Diretor e Locutor da Alpha 91.3 FM, Autor - Conferencista - Criador
- Consciência - Metafísica
México
aesquincamanagement@gmail.com
Fonte: https://www.publimetro.com.mx/
Tradução livre: Juarez de Oliveira Castro