Pode! Não Pode!

A primeira duvida é: Quem pode dizer aquilo que pode e o que não pode?

A segunda é: Por que pode ou não pode dizê-lo?

É próprio das nossas culturas pensarmos que as autoridades possuem qualificação para tudo esclarecer. Grande perigo quando nos lembramos de grandes vultos da História cometeram imensuráveis equívocos históricos nos mais diversos segmentos.

Autoridades eclesiásticas afirmavam ser a Terra o centro do universo. Muitos foram à fogueira por negarem isso.

O presidente da IBM, Thomas Watson, teria dito em 1943: "Penso que há talvez no mundo um mercado para 5 computadores"  (O número de computadores vendidos no 1° trimestre de 2020 no Brasil foi de 1,47 milhão de unidades).

Durante décadas, houve restrição do consumo de ovos, por conta do colesterol. Hoje, autoridades incontestes defendem ser o ovo é o segundo melhor alimento do mundo.

Nos nossos Ritos temos absoluta certeza de que o avental é azul ou vermelho. Após longos debates acadêmicos, alguém suscita: - Depende do grau e do rito.

O cerne de todas essas questões é pensarmos como utilizar a tecnologia nos labores maçônicos no quadro atual de pandemia.

Tudo é muito novo e diferente do que conhecíamos e praticávamos há oito meses.

Então, o que, maçonicamente, se pode fazer e o que não podemos fazer?

 
A MAIOR E A VERDADEIRA AUTORIDADE
SE RESUMEM NO PROSÁICO BOM SENSO
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Torna-se obrigatório um extremo cuidado com dois dos maiores inimigos dos labores maçônicos:
 
O ACHISMO E O INVENCIONISMO, DESTRUIDORES DOS RITOS.

Importantíssimo neste caso é compreender a diferença entre Rito e Ritualística. A melhor definição de rito me foi ensinada pelo Irmão Kennyo Ismail: “Um Rito é realmente como uma lei. É um conjunto de preceitos e obrigações gerais, que produz efeitos sobre aqueles que estão sob seu alcance.

Ritualística é como que interpretar e trabalhar o Rito e está descrita no Ritual. O respeito à Ritualística é o que nos faz assumir, em nós, a essência do Rito.

Como tal, Ritual e Ritualística não podem ser profanados, ou seja, usado fora do Templo.

Mas, a essência da mensagem, o símbolo, o conteúdo moral, os valores espirituais e o propósito de enlevo codificados em Ritos devem ser sim, transmitidos aos Aprendizes, Companheiros e Mestres por meio do mundo digital maçônico, em lives, reuniões por aplicativos, programas de salas virtuais, etc.

O Bom Senso nos indica que podemos usar o ritual, pois o Templo está devidamente acoberto.

O Bom Senso nos indica que não podemos usar o Ritual fora do Templo, pois não temos garantia de estar acoberto.

O Bom Senso nos indica que não podemos ler as páginas das instruções dos graus em reuniões virtuais, pois muitas delas estão diretamente relacionadas à estrutura do Templo. Não há como fazer o certo de maneira errada.

O Bom Senso nos indica que podemos passar o conteúdo e a essência das instruções dos graus através da apresentação de um trabalho sem o “copiar/colar” o Ritual.


Nossa prioridade é, conscientemente, instruir os Irmãos e não, simplesmente, ler instruções para os Internautas.
 
Neste décimo quarto ano de compartilhamento de instruções maçônicas, continuamos a incentivar os Irmãos ao estudo, reflexão e, principalmente, pelo momento em que vivemos a fraternidade solidária entre os Irmãos.

Sinto muito, me perdoe, sou grato, te amo. Vamos em Frente!

Fraternalmente
Sérgio Quirino
Grande Primeiro Vigilante
GLMMG