PROTOCOLOS MAÇÔNICOS EM TEMPO DE PANDEMIA


No artigo anterior, (820) tratamos do Vírus da Negatividade. Na lida diária com símbolos, alegorias e busca do enlevo por meio interpretações filosóficas, das mais simples às mais complexas da vida, permita-me o Irmão breves especulações sobre a correlação dos protocolos sanitários com a Maçonaria, de forma a não nos contaminarmos com o Vírus da Negatividade.

O mais novo “paramento” do Maçom é a máscara. Este anteparo têxtil serve para bloquear o contato de perdigotos de saliva e de microgotas dos espirros, que podem conter agentes patogênicos.

Penso que, muito antes da pandemia, já deveríamos tê-la incorporado aos nossos Usos e Costumes. Na língua espanhola, a nossa máscara recebe o nome de tapabocas. Quantos infortúnios teríamos evitado se mantivéssemos nossa boca tampada.

Falamos dos venenos (significado de vírus, em latim) que são lançados ao ar ou em direção aos Irmãos, nossos entes mais próximos, em razão das dimensões dos templos. O perdigoto, além de significar pequenas gotas, é também o nome dado a pequenas esferas de chumbo, utilizadas nas munições. Muito coerente, quando pensamos na letalidade e no peso que, às vezes, imprimimos desnecessariamente às palavras. – BEM VINDA A MÁSCARA FACIAL MAÇÔNICA –

O outro protocolo sanitário indicado pelos infectologistas é o álcool de uso externo. Infelizmente, assistimos pelas mídias eletrônicas cenas degradáveis de homens de terno preto e gravatas desalinhadas sorvendo líquidos etílicos. O abuso deste uso interno os distanciam dos Bons Costumes Maçônicos.

Análogo ao álcool higienizador das mãos, a Maçonaria nos apresenta as Luvas Brancas. Elas advertem a não nos contaminar com as “bactérias da perfídia”, os “vírus tiranos”, os “fungos soberbos” e tudo aquilo que avilta o homem e que pode deixá-lo prostrado no CTI da moral. – BEM VINDA A LUVA BRANCA HIGIENIZADORA –

O distanciamento físico e social que a realidade nos impõe, também pode ser maçonicamente interpretado. Não se pode, ingenuamente, crer que as purificações na iniciação pela água e pelo fogo façam eliminadas todas as nódoas profanas, além, claro, da possibilidade de desvios ocorridos após a iniciação.

Para visualizar o contexto amplo de alguma situação ou objeto, (uma pintura, por exemplo) é necessário nos afastarmos um pouco. Este distanciamento social/maçônico nos dá a oportunidade de descobrir quem, de fato, sempre esteve ao nosso lado.
- BEM VINDO O DISTANCIAMENTO PAUTADO NO HONESTO TFA –

Uma das mais importantes medidas sanitárias foi a restrição de circulação. Ela nos obrigou a vivermos com a nossa intimidade, nosso interior e a sermos mais tolerantes em nossos ambientes. Frente às dificuldades sociais/financeiras/emocionais, aprendemos a ser verdadeiramente Companheiros Maçons (os que compartilham o pão) – BEM VINDO O RECOLHIMENTO AO TEMPLO INTERIOR –

“TUDO PASSA!”
O G.A D.U. ESTÁ PASSANDO A MATÉRIA NA LOUSA DA SALA DE AULA DA VIDA.
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Atingimos quinze anos de compartilhamento de instruções maçônicas. Nosso propósito fundamental é incentivar os Irmãos ao estudo, à reflexão e tornar-se um elemento de atuação, legítimo Construtor Social.

Sinto muito, me perdoe, sou grato, te amo. Vamos em Frente!

Fraternalmente
* Sérgio Quirino
Candidato a Grão-Mestre - GLMMG 2021/2024