QUAIS SÃO AS EXIGÊNCIAS PRIMORDIAIS DA MAÇONARIA?


Para essa pergunta, podem aparecer centenas de respostas, uma infinita lista de virtudes e dezenas de jargões maçônicos. Dentre eles, o mais comum: “Ser um homem Justo e de Bons Costumes”. Isso pode não ser uma exigência, mas o resultado natural da prática dos valores maçônicos.

Todos os nossos símbolos, alegorias, valores, práticas ritualísticas, enfim, a Maçonaria como uma unidade integral está na tríade do lema: Liberdade – Igualdade – Fraternidade.

Precisamos, contudo, transformar esses substantivos em verbos. Tais palavras devem ser ações e, sobretudo, a aplicabilidade desses valores em prol do “tornar feliz a humanidade”.

Vejamos o conceito de Liberdade: é a condição daquele que é livre; capacidade de agir por si próprio. Mas onde está o benefício coletivo?

RESPEITO À LIBERDADE. A Maçonaria pregoa que seus membros são livres e, como cidadãos, podem e devem exercer a liberdade dentro dos limites que lhes faculta a lei.

O princípio de Igualdade define que as necessidades de cada indivíduo têm a mesma importância. Pode ser um sofismo, pois o mundo é complexo, e o atendimento à demanda de um pode resultar no prejuízo de muitos.

APLICAÇÃO DA JUSTIÇA. Maçonicamente trabalhamos para que todos tenham as mesmas oportunidades na planificação da sociedade, prevalecendo a igualdade de direitos e deveres.

A Fraternidade maçônica não está no fato de nos tratarmos como Irmãos, até porque nossos labores não visam ao fortalecimento pessoal ou institucional. Trabalhamos para e pela sociedade.

TOLERÂNCIA não no sentido de aceitar ou suportar. A tolerância é a atitude fundamental para viver e construir uma sociedade mais justa e perfeita. A Maçonaria nos ensina a sermos condescendentes com aqueles que, por ignorância, a desconstroem. 

Compreender os limites do outro e aceitá-los estimula a relação orientada pelo afeto recíproco, criando, assim, o sentimento de membros de uma única família e abarcando o real conceito de humanidade.

Giovanni di Pietro di Bernardon, mais conhecido como São Francisco de Assis, construiu a Teologia da Fraternidade. Quando jovem, lutou contra Peruggia pela liberdade de sua cidade natal. Francisco iniciou sua vida religiosa como pedreiro, ajudando a reconstruir diversas igrejas nos arredores de Assis. Pregava a doutrina cristã por reconhecer justiça na palavra de Deus e amava todos os seres vivos. Tratava os animais como Irmãos (ver a história do lobo de Gubbio) e, até mesmo em seus últimos momentos, chamou a Morte de Irmã.

Baseado em Mateus 22:39 (“Amarás ao teu próximo como a ti mesmo”), criou o lema “Fratelli tutti” (Todos Irmãos), bem como recebia a todos com um fraternal “Pace e bene” (Paz e Bem), lançando, portanto, a ideia da fraternidade universal.

Tolerância, justiça e respeito à liberdade. Essas são as exigências primordiais de nossa Sublime Instituição, para que, com paz e bondade, possamos nos reconhecer como Irmãos

Neste ­17º ano de compartilhamento de instruções maçônicas e provocações para o enlevo moral e ético dos Irmãos, permanecemos no nosso propósito maior de disponibilizar uma curta reflexão a ser discutida em Loja. O Ritual não pode ser delapidado. A Ritualística deve ser seguida integralmente. O Quarto-de-hora-de-estudo é fundamental em uma sessão Justa e Perfeita.

Sinto muito, me perdoe, sou grato, te amo. Vamos em Frente!

Fraternalmente
Sérgio Quirino
Grão-Mestre - GLMMG 2021/2024
Contato: 0 xx 31 99959-5651 / quirino@roosevelt.org.br
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