QUAIS SÃO OS INIMIGOS DO MAÇOM?


No artigo da semana passada (915 – Quais são os inimigos da Maçonaria?), deixamos claro que a Ignorância, o Fanatismo e a Ambição são a causa/origem das trincas e das quebras do Edifício Moral que é a Maçonaria. Entretanto as picaretas e as marretas desses inimigos são manuseadas pelos Maçons (“o mau está dentro de nós!”).

Esse mal habita o Id de nosso aparelho psíquico. O Id, por sua vez, é formado por pulsões e desejos e desconhece juízo, lógica, valores, ética e moral. É exigente, impulsivo, cego, desobediente, irracional, antissocial e egoísta. Em outras palavras, são condutas desgraçadas que nos arrastam para o mal. As religiões as nominam como pecados.

E há uma relação maçônica interessante entre os Pecados Capitais, os Planetas da Antiguidade e o número sete. A ligação mais explícita é que, assim como os Pecados Capitais, também são sete os Planetas que “circundam a Terra”, de acordo com as leis colocadas por Ptolomeu no primeiro século depois de Cristo.

O primeiro Pecado Capital é o ORGULHO, representado pelo SOL. Sua mensagem maçônica é de que podemos até ter orgulho do que somos e aonde chegamos para inspirar e iluminar o próximo. Porém muita luz cega, e ser orgulhoso é se queimar.

A PREGUIÇA, típica da LUA no perigeu da noite, faz-nos esquecer da Lei da Régua de 24 Polegadas.

Os SATURNINOS demonstram prudência em excesso, beirando a AVAREZA. Esta, muitas vezes, materializada nas notas de dois reais nos Troncos de Solidariedade.

O comedimento típico dos Maçons passa longe da GULA nos brindes a JÚPITER.

MERCÚRIO, viajando a 180 mil km/h, agita; é um vai e volta. A ambição calçada na INVEJA é o Maçom que acredita que está pronto. Acredita que já fez todas as “translações e as rotações” necessárias para ser o líder, porém tudo aconteceu no tempo dele, e não do grupo.

O planeta VÊNUS, por sua beleza, recebeu o nome da Deusa do Amor e da Beleza, os quais, mal direcionados, configuram a LUXÚRIA. Para além da conotação lasciva, encontramos a vaidade exposta em paletós que mais lembram fardas de generais sul-coreanos do que uniformes pretos que igualam aqueles que aspiram apenas ao título de Irmão.

O último e sétimo Planeta é MARTE, oposto de Vênus, representando a e a violência. E sabe onde encontramos tais vícios entre nós? Quando não cumprimos nossos juramentos! É a silenciosa manifestação da impetuosidade em não cumprir regras simplesmente por não haver o ganho pessoal nelas. Na Maçonaria, aprendemos que esse agente funesto traz má sorte e produz dor ou sofrimento moral.

Falamos, então, dos sete Pecados Capitais, dos sete Planetas da Antiguidade, de sete interações com a Maçonaria. E sobre o número sete? A que conclusão devemos chegar?

O numeral sete é o definidor de muitas métricas e sabedorias populares (cor do arco-íris, dias da semana, notas musicais etc.), simplesmente por representar a perfeição e a integralidade de tudo o que nos rodeia. O sete é a ponte entre o profano e o sacro.

TENDO PLENA CONSCIÊNCIA DO VÍCIO, A VIRTUDE SE TORNA MAIS PLENA.

Neste ­17º ano de compartilhamento de instruções maçônicas e provocações para o enlevo moral e ético dos Irmãos, permanecemos no nosso propósito maior de disponibilizar uma curta reflexão a ser discutida em Loja. O Ritual não pode ser delapidado. A Ritualística deve ser seguida integralmente. O Quarto-de-hora-de-estudo é fundamental em uma sessão Justa e Perfeita.

Sinto muito, me perdoe, sou grato, te amo. Vamos em Frente!

Fraternalmente
Sérgio Quirino
Grão-Mestre - GLMMG 2021/2024
Contato: 0 xx 31 99959-5651 / quirino@roosevelt.org.br
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