Qual a melhor religião?

Desde que o ser humano ficou em pé e começou a prestar atenção ao seu meio ambiente, despertou em si uma curiosidade muito grande a respeito de tudo o que o cercava. E começaram os questionamentos. Os porquês e os para quês. Com a descoberta do fogo, seu espírito foi sensibilizado para algo que a chama acordou em seu interior.

Ficava contemplando a chama com seu colorido variado e rico que o deixava absorto recordando algo que não sabia identificar.

Com o passar dos tempos e a encarnação de seres superiores começou a receber uma orientação espiritual que pretendia dirigir seu espírito para uma manifestação elevada.

Assim, aos poucos foram surgindo civilizações e religiões que passaram a proporcionar-lhe oportunidades de evolução. Cada religião se apresentava como a única detentora da verdade e assim subjugava os seus seguidores tratando-os coletivamente. E a humanidade passou por grandes transformações.

Os adeptos das religiões deturpavam, em proveito próprio, o ensinamento que lhes fora proporcionado. De que forma Jesus e Maomé, por exemplo, analisariam hoje aqueles que, em seus nomes, matam indiscriminadamente os que lhe são contrários não poupando mulheres, crianças e idosos, contrariando o ensinamento deixado, que tinha como base fundamental o amor?

Paulo, na 1a Carta aos Coríntios, no capítulo 13 muito bem mostrou o caminho que ultrapassa a todos os dons e ao qual todos os membros da comunidade devem aspirar: o amor.

O amor é a fonte de qualquer comportamento verdadeiramente humano, pois leva a discernir as situações e a criar gestos capazes de responder adequadamente aos problemas. Os outros dons dependem do amor. O amor é a força de Deus no ser humano pois “tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta”. Paulo finaliza: “Agora, portanto, permanecem estas três coisas: a fé, a esperança e o amor. A maior delas, porém, é o amor”.

Desta forma, deve, necessariamente haver sintonia, harmonia, e coerência entre o que se fala e o que se faz, sob pena de se resvalar para a vala comum da mediocridade, ficando-se no faz de conta, no interesse.

Finalizando, a melhor religião é aquela que prega o amor na busca incessante da verdade. E o que é a verdade? Eu aprendi que é tudo o que se confirma. Os quatro passos do conhecimento são: entender, aceitar, praticar e confirmar.

Primeiro precisamos entender, depois aceitar, a seguir praticar e por último confirmar como corolário do conhecimento. E assim, usando o nosso discernimento eleger o caminho que queremos trilhar.

Autor

Ir.·. Heitor Freire.
Past Grão-Mestre (GLEMS) - Obreiro da Aug.·. e Resp.·. Loja Simbólica Amor e Caridade nº 65.

Fonte: “Folha Maçônica” Nº 518, 15 de agosto de 2015.