Razão e Atitude.

 

Você consegue se lembrar das três últimas discussões que teve? Qual era o assunto? Qual o 
motivo? Com quem foi? Como terminou? Valeu à pena? Normalmente nos lembramos mais das pessoas com que discutimos do que sobre o que estávamos discutindo ou qual foi o resultado final obtido.

 

Por quê? Porque a maneira como nos portamos e como os outros se portam num debate é mais marcante do que os demais fatores envolvidos. Sabemos que, nas relações humanas, conflitos são praticamente inevitáveis, mas, devemos entender que um conflito é diferente de um bate-boca.

 

O conflito é algo que pode gerar uma evolução, uma estagnação ou uma regressão num 
relacionamento ou num processo. É uma discussão que pode ser positiva ou negativa de acordo com:

 

► O grau de maturidade dos envolvidos;

 

► O conhecimento do que está em debate;

 

► A vontade em se querer buscar uma solução;

 

► O entendimento das motivações do outro;

 

► A real qualidade do seu autoconhecimento. 

 

Na maioria das vezes, num debate, mais importante do que ter razão é ter qualidade no que se diz, como se diz e em que momento.

 

As pessoas talvez não se lembrem de sua razão, mas, certamente, lembrarão da sua atitude durante a discussão e da qualidade de seu relacionamento.

 

Mas, isso é realmente importante? Até que ponto a postura que temos numa discussão influencia no resultado final, na resolução do problema e no engajamento das pessoas para essa solução?

 

Bem... Isso faz toda a diferença entre o sucesso ou o fracasso de uma negociação, debate ou discussão.

 

A ponderação, o exercício da empatia, a serenidade nas observações, a clareza da apresentação dos 
argumentos, a atitude participativa e agregadora, a discussão baseada nas ideias e não em coisas ou pessoas, o foco na solução e não no problema e a positividade durante o debate fazem com que a discussão não resulte num conflito vazio.

 

Ou você gosta de participar de uma reunião com alguém que se acha o senhor da azão? Participantes 
com essa postura tendem a ser excluídos do processo decisório porque atrapalham mais do que auxiliam. Tendem a defender seu ponto de vista como se este fosse um troféu, mas, esquecem que um debate não é uma disputa e, sim, um processo que deve gerar um bem maior à Organização, casal, coletividade, etc.

 

Enfim, aqueles que não conseguem desenvolver e aplicar uma postura positiva, colaborativa e interativa não contribuem para a solução, mas, ao contrário, intensificam o problema.

 

E, somente para concluir, vale sempre à pena lembrar essa frase de Voltaire, escritor e filósofo francês: Uma discussão prolongada significa que ambas as partes estão erradas.

Gerson Raul Persike.
É um dos maiores especialistas em vendas, atendimento e Call Center do Brasil. Empresário e 
consultor de Empresas nas áreas de gestão, capacitação de lideranças e formação de equipes motivadas e produtivas. Diretor da empresa Comunicação & Mercado e sócio da Orbis Tecnologia em Gestão, também é gestor do Call Center da Fundação Pró-Rim. Articulista do jornal “Notícias do Dia” / Caderno “Negócio Já” é palestrante internacional, efetuando cursos, palestras motivacionais, gestão e planejamentos comerciais e de atendimento para Organizações de sucesso no Brasil e MERCOSUL.

E-mail: comercial@cmtreinamento.com.br - Página: www.cmtreinamento.com.br