SECRETÁRIO

Uma Loja Maçônica é governada por três Obreiros, e naturalmente todos nós pensamos nas figuras do Venerável Mestre, do Primeiro Vigilante e do Segundo Vigilante. Porém, governar não é administrar.

A Loja pode até suportar um mau governo por dois anos, mas uma má administração pode fechá-la em menos de um. A governança de uma Loja é definida pela condução ritualística, pelos relacionamentos institucionais e pela organização de atos de concretização dos objetivos maçônicos – instrução, aperfeiçoamento, acolhimento, proteção, ações sociais e filantropia.

A administração de uma Loja, por sua vez, é o conjunto de ações tomadas para a consecução da governança. São os Irmãos da Administração que fornecem o aparelhamento necessário ao Venerável Mestre para os trabalhos não ritualísticos.

Sendo assim, uma Loja Maçônica é administrada por três Obreiros, quais sejam: Venerável Mestre, Tesoureiro e Secretário. A respeito do Tesoureiro, já tratamos no artigo 1.033.

Por conta da hierarquia ritualística, descrevemos o Primeiro Vigilante como o braço direito do Venerável Mestre. Contudo, nem sempre presenciamos essa conduta. Em alguns momentos, há uma animosidade, em especial quando o VM almeja a reeleição.

Desse modo, para administrar bem a Loja, o Venerável precisa de alguém de confiança, pragmático e, sobretudo, proativo. ESSE É O PERFIL DO IRMÃO SECRETÁRIO.

O primeiro ponto em que o Secretário ajuda na administração encontra-se no desempenho objetivo de lavrar os balaústres.

OS BALAÚSTRES DEVEM CONTER O QUE ACONTECEU NA SESSÃO,
MAS NÃO NECESSARIAMENTE COMO ACONTECEU.

Vamos a um exemplo: apresentado o trabalho pelo Irmão José das Couves, o Venerável Mestre passou a palavra entre as Colunas. Na Coluna do Sul, o Irmão João das Batatas Júnior de Castro, atuando com Chanceler, disse que, em seus 40 anos de Ordem, quando era Grão-Mestre o Ilustre Irmão Antônio das Alfaces Dutra, o qual esteve presente em sua iniciação, nunca havia ouvido tantas palavras bonitas, parabenizando o Aprendiz. Em seguida, o Guarda do Templo, Irmão João Paraju da Porteira, Grau 33, disse ao ilustre apresentador que a Peça de Arquitetura é digna de entrar para os Anais da Maçonaria Universal...... E, assim, vai pelas colunas e pelo oriente.

A sugestão é: apresentado o trabalho “Sou aprendiz” pelo Irmão José das Couves, houve as manifestações de carinho e incentivo pelos Irmãos João das Batatas, João Paraju,......................

Os balaústres são resumos dos acontecimentos. Apenas em casos conflitantes, votações e “clima quente” é que o Secretário tem a obrigação de escrever ipsis litteris cada palavra proferida, indicar quem a proferiu e descrever os atos indignos feitos. Isso porque, em caso de processos administrativos, o balaústre é prova do que, de fato, ocorreu.

Cabe ao Secretário ter acesso, antes das Sessões, a expedientes, atos, circulares e comunicações, fazer um apanhado dos assuntos, confeccionar um resumo para agilizar a exposição durante os trabalhos ritualísticos, além de, juntamente com o Venerável Mestre, preparar a Ordem do Dia.

O Secretário deve estar preparado para todos os trâmites que a Loja mantém com a Potência. Afinal, a maioria dos procedimentos tem ocorrido em ambiente digital. A ação do Secretário é tão importante e valorizada que os balaústres, os convites e as comunicações da Loja são assinados por ele e pelo Venerável Mestre.

SENDO UM BOM SECRETÁRIO, SERÁ UM BOM VENERÁVEL MESTRE,
UMA VEZ QUE, ANTES DE GOVERNAR, É PRECISO SABER ADMINISTRAR.

Neste 19º ano de compartilhamento dos artigos dominicais, reafirmo o desejo de independente de graus, cargos ou títulos, continuar servindo os Irmãos com propostas para o Quarto-de-Hora-de-Estudo. Uma lauda para leitura em 5 minutos e 10 minutos para as devidas complementações e salutares questionamentos.
O exíguo tempo é um exercício de objetividade e pragmatismo que visa otimizar os trabalhos e cumprir integralmente o ritual.

Convosco na Fé - Robur et Furor
Fraternalmente

Sérgio Quirino
Minas Gerais Shrine Club
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PRESIDENTE DO MINAS GERAIS SHRINE CLUB
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