SEGUNDO DIÁCONO

No artigo anterior, tratamos do Primeiro Vigilante. Portanto, nada mais lógico que, na mesma linha, apresentemos o Segundo Diácono. Iniciamos, assim, com este questionamento: por que o Primeiro Diácono tem assento e o Segundo Diácono tem lugar?

Quanto ao assento do Primeiro Diácono, já o apresentamos. Todavia, sempre queremos ir mais longe e, assim, procurar mais pontos para, quem sabe, ficarmos mais perto da perfeição.

Como definir “lugar”? A resposta simplista é que ele consiste em uma parte delimitada de um espaço. A questão é que, para além da materialidade, o lugar é um espaço vivido e construído pelo homem – onde ele se relaciona.

O lugar do Segundo Diácono é um espaço no qual ele tem familiaridade com os presentes, conhecimento dos eventos e autoridade para manter a ordem.

Logo, para além da distinta condição de estar à direita do Primeiro Vigilante, sua missão é mais honrosa. Ele está no “chão de fábrica”, tendo e devendo a obrigação de atenção sobre como se comportam Aprendizes, Companheiros e Mestres quanto ao respeito, à disciplina e à ordem.

Isso lhe confere autoridade para, de forma discreta, sair de seu lugar de assento e assumir o lugar de guardião da ordem, solicitando que Irmãos descruzem as pernas, evitem conversar e, sobretudo, NÃO MEXAM NOS CELULARES.

Antes que algum Irmão fique “magoado” pela atitude do Segundo Diácono, basta procurar na legislação de sua Potência que, decerto, encontrará a prescrição dessa proibição. Ademais, sugiro que, em complemento a este artigo, a apresente em Loja.

Assim como o Primeiro Diácono no Rito de York, o Segundo Diácono, dada a composição dos cargos nesse rito, tem funções/obrigações diferentes, sendo responsável pela “cobertura do Templo”.

A Ordem DeMolay, que trabalha na formação Moral e Ética de nossos sobrinhos, dos 10 aos 21 anos incompletos, disponibiliza dois Graus (Iniciático e DeMolay) em um Capítulo, e após os 16 anos, o aperfeiçoamento ocorre nas Ordens de Cavalaria.

De origem norte-americana, na elaboração dos rituais DeMolay, alguns detalhes expressam a influência do Rito de York. Abaixo transcrevo a fala do Segundo Diácono de um Priorado, na Cerimônia das Armas, Sessão Pública da Ordem da Cavalaria DeMolay.

O jovem Segundo Diácono levanta-se com a espada em punho e informa: “Como guardião interno do Portal e de nosso Priorado, é meu dever garantir pelo título de Cavaleiro de todos os presentes em nossas reuniões e, assim (apresenta a espada), coloco minha espada a serviço da segurança de nossas convocações”.

Nesse esteio, é possível afirmarmos que nosso varonil Segundo Diácono deve levantar-se com bastão em punho e cobrir como guardião interno do lugar sacro da ordem, garantindo como dever de ofício que todos os presentes em nossas reuniões mantenham-se como cavaleiros dos bons costumes e de normas e procedimentos. Dessa forma, haverá segurança moral e legal em nossas sessões.

Neste 19º ano de compartilhamento dos artigos dominicais, reafirmo o desejo de independente de graus, cargos ou títulos, continuar servindo os Irmãos com propostas para o Quarto-de-Hora-de-Estudo. Uma lauda para leitura em 5 minutos e 10 minutos para as devidas complementações e salutares questionamentos.
O exíguo tempo é um exercício de objetividade e pragmatismo que visa otimizar os trabalhos e cumprir integralmente o ritual.
Convosco na Fé - Robur et Furor
Fraternalmente

Sérgio Quirino
Minas Gerais Shrine Club
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PRESIDENTE DO MINAS GERAIS SHRINE CLUB
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