SEGUNDO VIGILANTE
Antes de adentrarmos, de fato, no tema, é essencial que os Irmãos compreendam que as nuances e provocações à reflexão apresentadas neste artigo não qualificam ou desmerecem nenhuma forma de trabalhar os princípios maçônicos.
A ÚNICA CERTEZA UNIVERSAL NA MAÇONARIA É A FRATERNIDADE. SÃO NATURAIS E COMPREENSÍVEIS AS DIFERENÇAS DE RITOS E AS DIVERSAS FORMAS DE TRABALHAR O MESMO RITO.
Sendo assim, o Obreiro deve praticar o prescrito no Ritual usado em sua Loja e manter a tradição adotada por sua Potência Maçônica. A provocação cerne que apresento é a seguinte: sendo o Segundo Vigilante o terceiro na hierarquia das Luzes de uma Loja, como pode ele ser o responsável pelo preparo dos futuros Mestres?
A fim de ministrar as Instruções e argumentar sobre o Grau 2, é natural que se domine tudo o que envolva o grau anterior, ou seja, alguém mais preparado. É fato que não há como ensinar trigonometria se não se domina a aritmética. Assim, o Primeiro Vigilante cuida dos neófitos e, em breve, comandará os Mestres.
A provável resposta será que o Segundo Vigilante é o responsável pela Coluna do Sul, onde se assentam os Companheiros. Nessa linha, o Primeiro Vigilante e os Aprendizes estão no Norte. Contudo, nem sempre é assim.
Se a preocupação são as Instruções – a formação –, é necessário, então, o “olho no olho”, em que o instrutor possa observar de frente o comportamento de seus pupilos. Assim acontece em alguns ritos, que respeitam a hierarquia das Luzes com a escalada natural dos graus.
Aprendizes continuam assentados no norte, pois, até pouco tempo, estavam nas trevas, desejosos de Luz. Apesar de questionados, purificados e sagrados, ainda não estão preparados para a Verdadeira Luz. Desse modo, é conveniente que estejam, em âmbito alegórico, na parte menos iluminada do Templo, para que não fiquem ofuscados e, desde já, compreendam que, embora tenham chegado aonde chegaram, toda a glória do mundo é transitória e que se encontram sob a supervisão do Segundo Vigilante.
A dificuldade de entendimento está nas frases nas quais aparece o “minha coluna”, atribuindo “posse” aos Vigilantes delas. Assim, o Primeiro Vigilante tem “posse” sobre os Aprendizes, e o Segundo Vigilante tem “posse” sobre os Companheiros. No entanto, como ficam os Mestres sentados nas Colunas?
Os Vigilantes não são donos das colunas. Junto com o Venerável Mestre, são responsáveis pelo andamento ritualístico dos trabalhos. O VM, de todo o oriente; o PV, da parte norte do ocidente; e o SG, da parte sul do ocidente. E ainda há ritos nos quais a posição dos Vigilantes é trocada.
Importante esclarecer que quem instrui Aprendizes e Companheiros é o Venerável Mestre. Isso porque é ele, com ajuda dos Vigilantes e de algumas dignidades, que transmite as instruções contidas nos Rituais.
OS VIGILANTES DEVEM ESTAR MAIS ATENTOS AO COMPORTAMENTO E AO COMPROMETIMENTO DE APRENDIZES E COMPANHEIROS, VISTO QUE É DE SUA RESPONSABILIDADE ENCAMINHAR O PEDIDO DE AUMENTO DE SALÁRIO. SE O FAZEM INDEVIDAMENTE, O QUADRO DE OBREIROS SE DETERIORA.
Observando a joia do Segundo Vigilante (prumo), compreendemos o quanto devemos estar atentos às falas, posturas e ações dos recém-iniciados, dado que há sindicâncias malfeitas e disfarces comportamentais incoerentes com a retidão e a integridade de um verdadeiro Maçom.
Neste 19º ano de compartilhamento dos artigos dominicais, reafirmo o desejo de independente de graus, cargos ou títulos, continuar servindo os Irmãos com propostas para o Quarto-de-Hora-de-Estudo. Uma lauda para leitura em 5 minutos e 10 minutos para as devidas complementações e salutares questionamentos.
O exíguo tempo é um exercício de objetividade e pragmatismo que visa otimizar os trabalhos e cumprir integralmente o ritual.
Convosco na Fé - Robur et Furor
Fraternalmente
Sérgio Quirino
Minas Gerais Shrine Club
MI GMAdV 33°REAA 33°RB 9°RM MMM Shriner
CT REAL ARCO CT ARCO REAL HRAKTP
PRESIDENTE DO MINAS GERAIS SHRINE CLUB
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