SOLITUDE MAÇÔNICA

O termo “Solitude” é utilizado na Psicologia e na Psicanálise para expressar, de forma reduzida, o gostar de estar sozinho. Entretanto, deixa-se bem claro que Solitude não é Solidão!

Mas o que esse conceito tem a ver com Maçonaria?

Com a Maçonaria, pouco! Com os Maçons, muito!

Conceitualmente a Ordem Maçônica “é uma associação de homens sábios e virtuosos que se consideram Irmãos entre si e cujo fim é viver em perfeita igualdade, intimamente ligados por laços de recíproca estima, confiança e amizade, estimulando-se, uns aos outros, na prática das virtudes”.

Os grifos já colocariam por terra a possível aplicação do conceito de Solitude entre nós. Porém, permitam uma alegoria.

Imaginemos que, se a Maçonaria fosse uma floresta, o conceito seria: é uma associação de árvores frondosas e vigorosas que se consideram Irmãs entre si e cujo fim é viver em perfeita equidade, intimamente enraizadas na recíproca protetiva e na geração do microclima e da retroalimentação, favorecendo umas às outras na manutenção do ecossistema.

A estrutura da floresta protege as árvores dos ventos fortes e mantém a umidade, e cada folha caída ao chão transforma-se em alimento para as demais.

Apesar dessa perfeita igualdade de função, dessa intimidade de ação e reação e do estímulo que uma possa dar à outra, isso não garante o crescimento da árvore.

O que faz a árvore, de fato, crescer é sua determinação interna. Só ela, em seu âmago, produz a força necessária para romper os torrões de terra e aprofundar suas raízes à procura de seu VITRIOL. Só ela é capaz de avaliar onde lançar seus galhos em busca da LUZ que ilumina e não cega.

Nesta alegoria, espero que os Irmãos entendam que estarmos juntos é muito bom. Contudo, o Irmão deve primeiro se encontrar.

Solitude é gostar de estar consigo mesmo. É ser Maçom pelo progresso, e não pela Ordem. É a dicotomia de entender que, embora participemos de atividades em conjunto, precisamos de um isolamento voluntário para tranquilizarmos a mente à procura da essência da Maçonaria.

TORNAR FELIZ A HUMANIDADE NÃO DEVE SER VISTO COMO UMA MISSÃO DA MAÇONARIA, MAS SIM DOS MAÇONS, POIS O LAR E A FAMÍLIA SÃO AS CÉLULAS DE TODAS AS SOCIEDADES QUE COMPÕEM A HUMANIDADE.

Às vezes nos concentramos tanto em Sessões Magnas e reuniões que nos esquecemos de que, para mudarmos o mundo, precisamos mudar o homem.

A SOLITUDE MAÇÔNICA É O ENCONTRO CONSIGO MESMO! É RESERVADAMENTE ESTARMOS SEM EQUÍVOCOS, SOFISMAS OU RESERVAS MENTAIS DIANTE DE NOSSA CONSCIÊNCIA!

O VITRIOL É A ESPIRITUALIDADE QUE SE ENCONTRA DENTRO DE NÓS MESMOS!

Quando ela é encontrada, brota a fonte límpida e inesgotável do autoconhecimento e da autoconfiança e nos tornamos geradores de Luz.

Neste ­17º ano de compartilhamento de instruções maçônicas e provocações para o enlevo moral e ético dos Irmãos, permanecemos no nosso propósito maior de disponibilizar uma curta reflexão a ser discutida em Loja. O Ritual não pode ser delapidado. A Ritualística deve ser seguida integralmente. O Quarto-de-hora-de-estudo é fundamental em uma sessão Justa e Perfeita.

Sinto muito, me perdoe, sou grato, te amo. Vamos em Frente!

Fraternalmente
Sérgio Quirino
Contato: 0 xx 31 99959-5651 / quirino@roosevelt.org.br
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Os artigos publicados refletem a opinião do autor exclusivamente como um Irmão Maçom.
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