Sursum Corda!

Esta sentença latina é empregada para levantar os ânimos, preparar e reanimar os espíritos. O termo espírito é tratado aqui não como a dimensão imaterial do ser humano. Sua conotação metafísica se refere à consciência sutil e à personalidade do invocante.

Necessário é esclarecer também que o termo consciência utilizado não diz respeito ao conhecimento necessário para a compreensão das coisas. Tratamos do sentido utilizado para perceber o que é moralmente certo ou errado. Da mesma forma, a personalidade significa o conjunto de qualidades que definem o conteúdo moral de um indivíduo.

A expressão Sursum Corda, invocada nas liturgias católicas pelo celebrante é a exortação de “Corações ao Alto”. Cirilo de Jerusalém, bispo da Igreja entre os anos de 350 e 386 (não confundir com São Cirilo, do século IX, que, com seu Irmão, São Metódio, também religioso, criou um alfabeto adaptado às línguas eslavas a partir do Latim, Grego e Hebraico – o alfabeto Cirílico).

O comentário, pois, de Cirilo de Jerusalém sobre o Sursum Corda diz: “O celebrante, então, conclama: "Elevai os vossos corações". Pois é verdadeiramente correto que, nesta hora mais auspiciosa, cada um tenha seu coração no alto, fito em Deus, não cá abaixo, ocupado com a terra e com as coisas terrenas.”

Mas, por que tratarmos aqui desta liturgia católica?

Tracemos um paralelo entre a missa, o ofertório e a comunhão adaptando o comentário do Bispo Cirilo ao momento em que vivemos:

A Maçonaria, então, conclama: "Elevai os vossos corações". Pois é justo e perfeito que, nesta hora em que mais precisamos nos inspirar, cada um tenha seu coração no alto, fito no Princípio Criador, não cá abaixo, ocupado com os vícios e com as questões mundanas.

Em tempos de pandemia, passamos por uma infindável polarização entre a melhora e a piora do quadro, nas diferentes regiões que constituem os Estados e os países. Ora as deliberações são tomadas para limitar, ora para liberar, sem um consenso e, na maioria das vezes, baseadas no voto monocrático.

Isso tem causado grande instabilidade na saúde física e financeira. E, assustadoramente, quanto aos aspectos emocionais, a Pandemia tem sido avassaladora.

Mas, o que fazer?

Elevar nosso coração, sede das emoções e sentimentos, a um nível superior. O Maçom deve se qualificar para o dom da palavra, não como o Orador, mas, como os Diáconos, cuja missão é levar a palavra sagrada.


Não há palavras mais sagradas do que amor, coragem, fé e esperança. Que cada um de nós assuma o compromisso de se fortalecer por meio de leituras edificantes e palestras que nos motivam e nos espiritualizam.

 
O MAÇOM PRECISA ESTAR EM PRUMO!
SURSUM CORDA!
ELEVEMOS O CORAÇÃO PARA QUE NOSSOS ENTES QUERIDOS, 
FORTALECIDOS, RESPONDAM:
HABEMUS AD DOMINUM!

NÓS O TEMOS NO SENHOR!

 
Neste décimo quarto ano de compartilhamento de instruções maçônicas, continuamos a incentivar os Irmãos ao estudo, reflexão e, principalmente, pelo momento em que vivemos a fraternidade solidária entre os Irmãos.

Sinto muito, me perdoe, sou grato, te amo. Vamos em Frente!

Fraternalmente
Sérgio Quirino
Grande Primeiro Vigilante
GLMMG