TELEOLOGIA MAÇÔNICA

O que vindes fazer aqui?
Devemos nos fazer essa pergunta todas as vezes em que chegamos a uma sessão maçônica: por qual ou para qual finalidade (telos, em grego, significa “fim”) estou na Maçonaria?
“Não espere receber nenhuma recompensa material da Maçonaria.” Essa instrução, dada antes mesmo da iniciação, é verdadeira e por ela identificamos os “primos maçônicos”.
MAÇONARIA É RECIPROCIDADE!
A IRMANDADE É A SERVENTIA!
A FRATERNIDADE É A SOLICITUDE!
Na principal obra de Aristóteles sobre a Ética – Ética a Nicômaco –, aprendemos a racionalidade prática para alcançarmos um fim. Por “fim”, compreendemos um “bem”, uma “conquista” e, pela ética, determinamos a finalidade suprema que nos guia e fortalece nos propósitos fins.
Em âmbito filosófico, a Teleologia Maçônica advém da identificação correta, justa, honesta e leal de metas e objetivos guiados pelos nossos Sãos Princípios a realizações materiais transformadoras do presente e do futuro do outro – tornar feliz a humanidade. Como desdobramentos, finaliza em nós a felicidade maçônica, tratada no artigo 1.054 – Eudaimonia Maçônica.
Devemos deixar claro que o “Bem” não é por si próprio o “Fim” de tudo. Atos e intenções do “Bem” são os balizadores do parentesco maçônico. Todos nós somos dotados de razão, no sentido de julgar, compreender e ponderar. Contudo, na Teleologia Maçônica, a razão tem ligação com a matemática, não como contar e calcular, mas como resultado do reunir forças e juntar potências. Nesse sentido, a força consiste na capacidade de movimentar-se, e a Potência, na aplicação da força em graus de atuação.
Em nível de Iniciado, pergunte-se: o que vim fazer aqui? A resposta deve ser imediata: cumprir os compromissos que assumi no momento do preenchimento da proposta e dos juramentos realizados.
Em nível de Aprendiz, pergunte-se: o que vim fazer aqui? Responda: honrar meu padrinho, quem viu em mim algo que eu mesmo possa não reconhecer. Por isso, minha presença constante e meu desejo de aprendizado incessante para não o decepcionar diante dos Irmãos.
Em nível de Companheiro, pergunte-se: o que vim fazer aqui? Responda: evoluí e, nessa evolução, devo compreender a importância do compartilhar, do estar disposto a servir.
Em nível de Mestre, questione-se: o que vim fazer aqui? Responda: estudar, pois o avental azul não é adorno. Ele é indicativo de referência de conhecimento e conduta. Ele não é poder, é responsabilidade.
Em nível de Obreiro, pergunte-se: o que vim fazer aqui? Responda: trabalhar e servir como fizeram aqueles que edificaram a Loja que me recebe e ter certeza de que não há dissimulações na Ordem que fiquem sem ser descobertas.
O MAÇOM SERVE À MAÇONARIA.
A MAÇONARIA NÃO SERVE AO MAÇOM.
Neste 19º ano de compartilhamento dos artigos dominicais, reafirmo o desejo de independente de graus, cargos ou títulos, continuar servindo os Irmãos com propostas para o Quarto-de-Hora-de-Estudo. Uma lauda para leitura em 5 minutos e 10 minutos para as devidas complementações e salutares questionamentos.
O exíguo tempo é um exercício de objetividade e pragmatismo que visa otimizar os trabalhos e cumprir integralmente o ritual.
Convosco na Fé - Robur et Furor
Fraternalmente
Sérgio Quirino
Minas Gerais Shrine Club
MI GMAdV 33°REAA 33°RB 9°RM MMM Shriner
CT REAL ARCO CT ARCO REAL HRAKTP
PRESIDENTE DO MINAS GERAIS SHRINE CLUB
Contato: 0 xx 31 99959-5651 / quirino@roosevelt.org.br
Facebook: (exclusivamente assuntos maçônicos) Sergio Quirino Guimaraes
Os artigos publicados refletem a opinião do autor exclusivamente como um Irmão Maçom
Os conteúdos expostos não reproduzem necessariamente a ideia ou posição de nenhum grupo, cargo ou entidade maçônica.



