TELEONOMIA MAÇÔNICA

A síntese do artigo 1.061 –  Teleologia Maçônica  – está na compreensão de que o “fim”, no sentido de “propósito”, da Ordem Maçônica é que O MAÇOM SERVE À MAÇONARIA, mas A MAÇONARIA NÃO SERVE AO MAÇOM. Atenção redobrada e criteriosa para que nossas decisões baseiem-se na moral e na ética para finalidades nada individuais e de interesses pessoais.

Contudo, não há como negar uma salutar consubstanciação do princípio com o elemento, ou seja, dos valores com o homem. E é nessa identificação que vislumbramos a diferença entre os profanos e os iniciados e até, de forma lamentável, em nosso meio, entre “primos” e Irmãos, conforme brinquei.

Em tais diferenças surge a Teleonomia Maçônica. A Teleologia dedica-se a finalidades reais do Maçom. A Teleonomia, por sua vez, surge quando o objetivo está ligado a um propósito intrínseco à Maçonaria e, de forma natural, gera a adaptação evolutiva em seus membros.

Pode parecer complicado, mas criarei uma alegoria. O Maçom é mestre por conta de seu avental ou o avental lhe confere a maestria? Complicou ainda mais? Então farei algumas modificações na frase: o pássaro voa por conta de suas asas ou são as asas que o fazem voar?

Cuidado ao se permitir a resposta simplista, que se trata de um sofismo. Asas com voo e voo com asas. Afinal, temos os avestruzes e os simpáticos pinguins que possuem asas e não voam.

Por sua vez, temos o condor, que pode chegar a mais de 3,3 metros de envergadura de asa, e o colibri abelha, que mede apenas 5 centímetros, e ambos voam alto e rápido. Assim, o que aconteceu para que a mesma estrutura (asas) elevasse ou não um pássaro? A resposta é simples: ESCOLHAS.

Na evolução das espécies, aprendemos que estruturas que desempenham bem uma função tendem a ser preservadas e aprimoradas ao longo do tempo. Pássaros que não bateram de modo correto as asas perderam a experiência do voo.

Como tratar isso em âmbito maçônico? Na evolução dos iniciados, aprendemos que Obreiros que desempenham bem sua função tendem a ser preservados e aprimorados ao longo do tempo. Irmãos que não batem corretamente o malho perderam a experiência do polimento.

Da mesma maneira, a Teleonomia Maçônica pode ser compreendida como a qualidade da intencionalidade e do direcionamento das faculdades, habilidades e objetivos do Maçom em se desenvolver, a fim de fortalecer e elevar o grupo, gerando uma herança ou um legado para as futuras gerações.

Sendo assim, utilizando elementos alegóricos, faço esta provocação:

MEU AMADO MESTRE ALADO, SEU AVENTAL É ASA DE PINGUIM OU DE CONDOR?

Chegou ao Grau 3 e acredita que essa “altitude” já lhe permite ver todo o horizonte? O “ninho” que abrigará seus pupilos (afilhados) será no nível em que os répteis viciosos caminham ou será nos telhados das torres virtuosas?

Seu avental é liso e suave como a pluma do avestruz ou firme e surrado como as penas do condor? Seu avental é adorno ou “equipamento” de trabalho?

DESCUBRA SUA FINALIDADE “BIOLÓGICA” DENTRO DA ORDEM.
E EM SENTIDO ESPIRITUAL: SER FECUNDO, MULTIPLICAR E ENCHER A TERRA
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Neste 19º ano de compartilhamento dos artigos dominicais, reafirmo o desejo de independente de graus, cargos ou títulos, continuar servindo os Irmãos com propostas para o Quarto-de-Hora-de-Estudo. Uma lauda para leitura em 5 minutos e 10 minutos para as devidas complementações e salutares questionamentos.
O exíguo tempo é um exercício de objetividade e pragmatismo que visa otimizar os trabalhos e cumprir integralmente o ritual.
Convosco na Fé - Robur et Furor
Fraternalmente

Sérgio Quirino
Minas Gerais Shrine Club
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