URBANIDADE MAÇÔNICA
Em se tratando de urbanidade maçônica, é provável que os Irmãos imaginem que abordaremos o Maçom urbano, aquele das cidades, ou caminharemos pelas comparações entre a Maçonaria da capital e a Maçonaria do interior – o urbano em contraponto ao rural.
Cabe deixarmos claro, entretanto, que não há diferença entre a Maçonaria da capital e a Maçonaria do interior. Surpresa geral?
HÁ DIFERENÇAS DE COMPORTAMENTO MAÇÔNICO ENTRE MAÇONS DAS GRANDES CIDADES E MAÇONS DAS MÉDIAS E PEQUENAS CIDADES!
Podemos nos dedicar a esse tema em outro artigo. Agora vamos nos concentrar no conjunto de formalidades e procedimentos que demonstram boas maneiras e, sobretudo, respeito entre os Maçons.
De forma conceitual, a urbanidade seria o que está ligado à vida nas cidades e ao comportamento das pessoas que habitam esses espaços. Sendo assim, a urbanidade maçônica é um conceito associado à vida nos ambientes maçônicos e ao comportamento dos Maçons que habitam essas oficinas.
Há várias formas de “enquadramento” dos Irmãos: por graus alcançados, títulos outorgados, cargos exercidos, ações solidárias, dedicação ao estudo, bom de banquete, bom de conversa... Assim, cada um de nós acaba reconhecendo um Irmão como tal por determinadas características que admiramos.
Contudo, há três traços morais os quais devemos observar no ser humano por trás do avental para, de fato, conceituá-lo como iniciado:
1º AFABILIDADE: é a qualidade dos mansos, delicados e corteses, que, longe das vistas em ações e reações, em palavras ou em silêncio, são benevolentes com seus semelhantes. Às vezes, são Irmãos que pouco sabemos de sua vida, pois eles não usam o “eu” em suas manifestações, não se postam em primeiro plano nas fotos e fazem a obra sem assinar. É a SABEDORIA DO AMOR, a qual, em trabalho ou em recreação, nunca se abate.
2º CIVILIDADE: valorizamos a inteligência e o raciocínio de destacados Irmãos, mas somente no respeito às normas de convívio é que podemos medir a irmandade e o comprometimento com a fraternidade desses Irmãos. Você pode, por exemplo, tecer e reconhecer as mais altas honrarias em um Irmão. Porém, se ele é um retardatário contumaz – não digo de um atraso, pois todos nós já nos atrasamos –, que só chega depois do horário marcado e, muitas vezes, diz estar a caminho e ainda não saiu para o compromisso, esse Irmão é egocêntrico. Por mais chocante que possa parecer, ele acredita que o mundo deve esperá-lo. Faltam-lhe o respeito pelo outro e a FORÇA DA ÉTICA.
3º CORTESIA: na Maçonaria, ultrapassamos a basicidade da cortesia material, como um afago ou uma prova de amabilidade. Para nós, é uma reverência de alma e espírito aqueles que dão provas de cuidado e afeição aos valores da Ordem. Nessa talvez despercebida reverência, adiantamos o pé, em sinal de disposição a marcharmos juntos; dobramos sutilmente os joelhos como alegoria de nossa menor condição; curvamos a face para nos induzir ao quanto precisamos meditar e orar em agradecimento. No entanto, a coluna deve permanecer ereta, visto que, a qualquer momento, podemos ser convocados pelo som do malhete. Portanto, ser cortês é refletir a BELEZA DA MORAL.
SEJA QUAL FOR SEU ORIENTE,
ORIENTE-SE PELO TRATO COM O OUTRO.
Neste 19º ano de compartilhamento dos artigos dominicais, reafirmo o desejo de independente de graus, cargos ou títulos, continuar servindo os Irmãos com propostas para o Quarto-de-Hora-de-Estudo. Uma lauda para leitura em 5 minutos e 10 minutos para as devidas complementações e salutares questionamentos.
O exíguo tempo é um exercício de objetividade e pragmatismo que visa otimizar os trabalhos e cumprir integralmente o ritual.
Convosco na Fé - Robur et Furor
Fraternalmente
Sérgio Quirino
Minas Gerais Shrine Club
MI GMAdV 33°REAA 33°RB 9°RM MMM Shriner
CT REAL ARCO CT ARCO REAL HRAKTP
PRESIDENTE DO MINAS GERAIS SHRINE CLUB
Contato: 0 xx 31 99959-5651 / quirino@roosevelt.org.br
Facebook: (exclusivamente assuntos maçônicos) Sergio Quirino Guimaraes
Os artigos publicados refletem a opinião do autor exclusivamente como um Irmão Maçom
Os conteúdos expostos não reproduzem necessariamente a ideia ou posição de nenhum grupo, cargo ou entidade maçônica.
